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Novo sistema “corrige” o olhar para manter contato visual em chamadas de vídeo

O objetivo dos pesquisadores é tornar as conversas online mais naturais e parecidas com um encontro presencial

Por Maria Clara Rossini
26 jun 2019, 17h32

Quem já fez uma chamada de vídeo sabe como é difícil olhar diretamente “nos olhos” da outra pessoa. Para dar a impressão de contato visual, o usuário deve focar na câmera do computador ou celular, que normalmente é bem menos interessante do que olhar para a tela. São muitas distrações: imagens, notificações e o próprio rosto da pessoa com quem se está falando.

Para tentar corrigir esse problema, pesquisadores da Intel criaram um programa que reposiciona os olhos dos interlocutores em tempo real, dando a impressão de que eles estão olhando um para o outro. O truque funciona independentemente de onde a câmera e a tela estiverem localizadas, o que permite que ele seja usado em qualquer dispositivo. Até agora, os poucos sistemas que propunham uma solução para o problema dependiam da posição e ângulo corretos da câmera.

A proposta dos pesquisadores é tornar a conversa online mais natural, como se as pessoas estivessem se vendo pessoalmente. Fora dos computadores, tendemos a olhar para o rosto do outro, mantendo o contato visual. Numa chamada de vídeo, as pessoas tentam fazer o mesmo, mas o desalinhamento entre tela e câmera acaba quebrando o contato.

O modelo criado pelos pesquisadores dá uma “levantada” no olhar, dependendo de onde a câmera esteja localizada. Dê uma olhada no resultado final:

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Outra vantagem do modelo é que ele é desativado momentaneamente quando a pessoa pisca ou desvia o foco da tela, ao olhar para o lado ou mexer em papéis, por exemplo. Ele evita fazer correções que não sejam naturais — e que poderiam causar resultados bizarros.

Em um teste conduzido pelos pesquisadores, a maioria dos participantes não foi capaz de diferenciar quando a correção estava ligada — corrigindo o olhar do usuário que está focado na tela —, ou desligada — quando o usuário está de fato olhando para a câmera. Segundo Gilad Michael, um dos autores do estudo, os participantes relataram sentir que estavam fazendo contato visual com a outra pessoa nos dois casos.

Agora, o foco da equipe é aprimorar o algoritmo e fazer com que ele esteja disponível nas plataformas de chamadas em vídeo, como Skype e FaceTime.

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