O astrofísico inglês John Murray, da Universidade Aberta de Londres, anunciou a existência de um mundo jamais visto, situado 32 000 vezes mais longe do Sol do que a Terra. Ainda sem nome, ele estaria a 4,8 trilhões de quilômetros do centro do Sistema Solar, levando 6 milhões de anos para dar um giro completo à sua volta. Murray desconfiou de sua presença ao notar que 13 cometas bem conhecidos tinham uma órbita parecida, passando por uma mesma região do céu. O astrofísico deduziu que eles estão sendo puxados pela gravidade de um planetão ainda desconhecido. Se existir mesmo, o novo mundo está longe demais para ser visto daqui . “Ele reflete tão pouca luz que é 10 milhões de vezes mais apagado que a estrela mais fraca do céu”, explicou Murray à SUPER.
A descoberta vai ganhar um reforço logo. O astrônomo John Matese, da Universidade da Louisiana, nos Estados Unidos, disse à SUPER que também encontrou sinais de um corpo gigante na mesma região estudada por Murray.
Um gigante entre os anões
Um mundo imenso é achado no meio dos cometas.
1. Na Nuvem de Oort giram bilhões de cometinhas. Eles ficam lá antes de cair rumo ao Sol e ganhar caudas.
2. Diversos cometas, como este que você está vendo aqui, parecem ter saído de uma mesma área da nuvem.
3. Para o astrônomo John Murray, haveria nessa região um grande planeta. Sua gravidade poderia desviar a rota dos pequenos astros em direção ao Sol.