Os novos simuladores da Fórmula 1
Para conter custos, a categoria proibiu as equipes de testarem seus carros durante a temporada. E elas responderam à altura: mandaram seus batalhões de engenheiros desenvolver simuladores ultrarrealistas, que os pilotos podem usar à vontade - e reproduzem virtualmente todas as características do carro e das pistas de F-1. É muito mais do que qualquer videogame
Alfredo Netto
O tamanho
O simulador mede 6 metros de altura por 8 metros de comprimento e pesa 200 toneladas – 330 vezes mais do que um carro de Fórmula 1. Ao todo, ocupa uma área de 180 m2 (quase o equivalente a uma quadra de vôlei).
A tela
É um conjunto de 5 telões dispostos a 180 graus, preenchendo totalmente o campo de visão do piloto. Para mapear os circuitos e reproduzi-los na tela, as equipes usam um carro equipado com câmeras e GPS, que fotografa e registra todas as coordenadas da pista.
O áudio
É baseado no ronco real do motor (cada equipe tem o seu), e também reproduz os ruídos do câmbio, dos pneus, do vento etc. O som é feroz: são 7 caixas acústicas, com 3 500 W de potência.
O cockpit
Ele é idêntico ao de um F-1 de verdade: volante, câmbio e pedais respondem da mesma forma. Os engenheiros podem programar diversas situações (carro com tanque cheio ou vazio, pista molhada etc.) e até testar virtualmente novos aerofólios – sem precisar fabricá-los.
O cérebro
Na sala de controle, ficam 10 computadores ligados em rede, com 60 gigabytes de memória RAM (30 vezes mais do que um pc). Além de fazer o simulador funcionar, eles analisam o que o piloto está fazendo – e dizem onde está acertando e errando.
A suspensão
Sob o carro, ficam 12 braços mecânicos que movimentam o cockpit em todas as direções, para reproduzir a sensação que o piloto tem ao acelerar, frear e fazer curvas.
Consultoria Luiz Iria
Fontes Ferrari, Moog, Red Bull, Williams