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Uma questão de tempo

Os cientistas perderam o medo de parecer malucos, esmiuçaram a Teoria da Relatividade e concluíram: viajar para o futuro e para o passado, como na ficção de H.G. Wells, poderá, em breve, ser realidade.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h31 - Publicado em 30 abr 2002, 22h00

Flávio Dieguez

Escrito por H.G Wells em 1895, A Máquina do Tempo ganhou fama por ter sido o primeiro livro a cogitar uma viagem no tempo por meio de uma máquina construída pelo homem – e não por um fenômeno divino ou por um ser sobrenatural. Mais de cem anos depois, quando uma nova adaptação dirigida pelo neto do autor, Simon Wells, chega ao cinema, os cientistas estão convencidos de que as viagens no tempo são, do ponto de vista da Física, perfeitamente viáveis e naturais. Ou seja, o que antes soava como ficção ou impostura inaceitável no meio acadêmico, vem conquistando status formal de seriedade científica.

Os pesquisadores reconhecem que será preciso uma tecnologia superavançada, ainda inexistente, para explorar a estranha geografia que se desenha entre as eras, unindo o passado ao futuro e vice-versa. De acordo com a imagem que hoje se tem do espaço e do tempo, o universo seria uma espécie de queijo suíço, dentro do qual é possível construir uma rede de túneis ligando épocas e lugares diversos, como um metrô cósmico. O desenho inicial desse metrô surgiu em 1905, quando Einstein publicou a sua Teoria da Relatividade – dez anos depois de Wells publicar A Máquina do Tempo. Desde então, a Física moderna ficou cada vez mais próxima do que, até então, era considerado pura ficção.

“A maioria das pessoas vê o tempo até hoje como ele era visto antes de Einstein”, diz Paul Davies, autor de How to Build a Time Machine (“Como construir uma máquina do tempo”, inédito no Brasil). Davies, um dos mais respeitados autores de divulgação da Física moderna, diz que esse tempo que eu e você marcamos no dia-a-dia é o tempo de Newton. “Para Newton, existia apenas um tempo universal avançando para o futuro numa marcha contínua e irreversível, como um relógio perfeito”, diz Davies. “O tempo não poderia ser afetado por nada, como uma medida absoluta.” Ou seja: se desde que você começou a ler essa reportagem se passaram dois minutos, esses minutos também seriam cronometrados em qualquer lugar do universo com a mesma precisão, em sincronia perfeita com o seu relógio. “Einstein provou que não é isso que acontece no mundo”, diz Davies. “O tempo deixou de ser absoluto e, como conseqüência, a possibilidade de viajar no tempo deixou de ser vista como algo absurdo.”

O que Einstein disse de tão revolucionário que até hoje confunde a cabeça de muita gente é que o tempo não existe como uma variável independente do espaço. Para o cientista alemão, tempo e espaço estão interligados e, dependendo do local e da velocidade que eu me encontro em relação a você, por exemplo, nossos relógios não marcariam a mesma hora, minutos, segundos e centésimos – mesmo que eles tivessem sido ajustados inicialmente no mesmo horário! E mais: o tempo passaria mais lentamente quando se está próximo de um corpo com grande massa como a Terra. “Essa previsão foi testada em 1962, usando dois relógios muito precisos montados no topo e na base de uma torre de água”, diz Stephen Hawking no livro Uma Breve História do Tempo Ilustrada (editora Albert Einstein). “Constatou-se que o relógio na base, que estava mais próximo da Terra, andava mais lentamente.” Essa diferença de relógios em alturas diferentes acima da Terra é hoje fundamental para os sistemas de navegação que se baseiam em sinais de satélite.

Se a Teoria da Relatividade não fosse levada em conta nesses sistemas, os cálculos de posição poderiam cometer erros de localização em quilômetros. Ou seja: a relatividade funciona mesmo e o tempo e o espaço, embora pareçam totalmente diferentes entre si, se confundem no novo universo entrevisto pela ciência desde Einstein. “Com a relatividade, deixa de existir um instante universal, um agora válido para qualquer lugar”, diz Davies. “E é claro que as conseqüências dessa teoria criam situações estranhas para quem estava acostumado com o tempo de Newton.” Uma dessas situações esquisitas, mas perfeitamente naturais para a Física, é o chamado paradoxo dos gêmeos. Se você tivesse um irmão gêmeo que viajasse no espaço a uma velocidade próxima da luz (300 000 quilômetros por segundo), por poucas horas que fossem, quando ele voltasse para a Terra você já seria velho e ele ainda seria jovem .

“Na verdade, os astronautas já estão viajando para o futuro”, diz o matemático e astrofísico americano Richard Gott, autor do livro Time Travel in Einstein’s Universe (Viagem no Tempo no Universo de Einstein, inédito no Brasil). Ele diz que, como a velocidade desses deslocamentos ainda é muito baixa em relação à velocidade da luz, essa aventura praticamente é imperceptível. “Quem mais avançou no tempo, até hoje, foi o cosmonauta russo Sergei Avdeyev. Como permaneceu em órbita 748 dias, voltou 50 avos de segundo mais jovem do que se tivesse ficado no chão. Ou seja, ele viajou 50 avos de segundo para o futuro.” O astrofísico diz que uma viagem de 24 anos a uma velocidade próxima à da luz seria suficiente para, na volta, encontrarmos a humanidade 1 000 anos mais velha.

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Mas, se mesmo usando os mais avançados veículos espaciais, o nosso único explorador do futuro só conseguiu avançar 50 avos de segundo, não seria um exagero fazer previsões de viagens mais longas? Afinal, que espaçonave seria capaz de chegar a uma velocidade dessas? “A física da viagem no tempo ainda está na infância, mas não se deve subestimar a rapidez do seu desenvolvimento”, diz o pesquisador da IBM e escritor americano Clifford Pickover. “O problema, agora, está nas mãos dos engenheiros, uma vez que, do ponto de vista científico, estão caindo as últimas objeções a essa viagem.” Para quem acha que ele está exagerando, Pickover cita diversos exemplos de tecnologias cujas possibilidades foram mal avaliadas quando apareceram. Há dois casos particularmente divertidos.

Um deles é a frase de um dos maiores cientistas da sua época, o físico inglês Lorde Kelvin, que, em 1895, declarou: “Máquinas voadoras mais pesadas que o ar são impossíveis” – desmentido em menos de uma década pelo vôo do primeiro avião, em 1903. O outro caso envolve um ex-presidente da própria IBM, Thomas Watson. Ele anunciou, em 1943, que o mercado mundial de informática não iria além de cinco computadores. Ironicamente, a IBM é a maior prova de que ele estava errado.

Pickover revela uma outra face da febre de pesquisas em torno das viagens no tempo: a dos diversos livros lançados nos últimos anos com o objetivo de popularizar o tema. Ele é autor de Time: A Traveler·s Guide (Tempo: Um Guia de Viagem, inédito no Brasil), e faz parte de um grupo de autores que estão inundando as livrarias tratando o assunto com base científica. “A viagem no tempo se transformou em uma indústria dentro da universidade e está produzindo pesquisas e descobertas tão surpreendentes quanto importantes”, diz o astrofísico e escritor inglês John Gribbin, que, desde o final dos anos 80, quando a nova moda surgiu, vem acompanhando de perto esse novo boom literário.

A dúvida é: se para avançar no futuro só é preciso construir espaçonaves mais rápidas, quando será possível voltar para o passado? “Desconfio que nas décadas seguintes veremos viagens cada vez mais longas para o futuro, mas as viagens de retorno são projetos que apenas supercivilizações poderão tentar”, garante Richard Gott. Ele diz que, quando se trata de retroceder ao passado, o problema não só se restringe à tecnologia, mas também às incertezas teóricas que ainda persistem sobre a verdadeira natureza do tempo. Gott é um escritor premiado pela habilidade rara com que traduz essas incertezas para o patamar de um bate-papo no boteco.

Como professor, ele encomenda fatias de pizza durante as aulas para demonstrar aos alunos como seria possível viajar para o passado com a ajuda de cordas cósmicas. Já que você não pode assistir a uma dessas aulas, imagine as cordas cósmicas como um dos astros mais pesados e densos do universo, embora sejam extremamente finas. Um único centímetro de seu comprimento, nas contas de Gott, pesaria 10 quatrilhões de toneladas (pouco mais que a massa de Himalia, uma das luas de Júpiter). Segundo a Física moderna, elas devem ter sido criadas durante o Big Bang, a explosão que deu origem ao universo. Como uma das formas de atrasar os ponteiros do relógio é por meio da gravidade, que, por sua vez, é gerada pela massa, ou pelo peso dos objetos, essas cordas poderiam ser usadas para viajar no tempo.

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Gott demonstrou, há alguns anos, que, se alguém der uma volta em torno de duas cordas cósmicas que se aproximam uma da outra, aproveitando o momento exato em que elas se cruzam, poderá voltar ao ponto de partida no mesmo instante em que partiu. O viajante poderia desejar boa viagem a si mesmo! É esquisito, mas é possível para a Física. A duplicação dos turistas do tempo é uma conseqüência comum desses passeios. Quem retorna um pouco antes de ter partido, convive consigo mesmo durante algum tempo. Tornam-se clones provisórios, até a hora em que a cópia que está de saída inicia a aventura e a dupla volta a se desencontrar.

E isso é só o começo: em 1999, Gott espantou o mundo científico ao levar às últimas conseqüências a descoberta de que certos caminhos do espaço-tempo são circuitos fechados. Quem entra repetiria eternamente o mesmo trajeto, como no delicioso enredo do filme Feitiço do Tempo, em que o protagonista fica preso no dia 2 de fevereiro, acordando sempre no mesmo dia, encontrando as mesmas pessoas e assistindo aos mesmos acontecimentos. Um destino terrível. Só que Gott foi além: verificou que o universo inteiro pode estar enjaulado em uma armadilha desse tipo. “O cosmo, com isso, se tornaria sua própria mãe”, afirma o cientista, divertindo-se com essa possibilidade.

Ao contrário de seus colegas, Gott não tem o menor receio de parecer maluco ao anunciar novidades científicas que contrariam o senso comum. Em vez disso, ele aproveita a curiosidade natural das pessoas para estimular o gosto pela ciência. “Einstein, no ano 2000, foi escolhido o homem do século pela revista Time e eu acho importante que todos saibam o que ele fez e como realizou suas descobertas”, diz. Ele afirma que, para isso, nada melhor do que escrever sobre viagens no tempo, que cativam a imaginação do público e servem para divulgar as teorias einsteinianas. “Elas são uma excelente ‘janela’ pela qual se pode dar uma olhada na Teoria da Relatividade.” Será que ele teria coragem de experimentar, na pele, as previsões da relatividade em um tour pelas eras? Mesmo havendo o risco de não retornar? “Com certeza. Eu gostaria de avançar algumas centenas de milhares de anos no futuro e ver o que aconteceu com a raça humana.”

Se você acha isso estranho, console-se: os cientistas também não se sentem muito confortáveis com essa idéia. O astrônomo e escritor americano Carl Sagan, por exemplo, disse que estamos às voltas com a questão do tempo desde a época de Santo Agostinho e, até a sua morte, em 1996, Sagan resistiu a uma definição clara e simples do tempo. Foi o próprio Sagan, curiosamente quando escrevia uma ficção, que deu o pontapé inicial para que a viagem no tempo passasse a ser encarada com mais seriedade pelos cientistas. Em 1985, ele estava escrevendo o romance Contato e queria que sua heroína – interpretada, mais tarde, por Jodie Foster no filme de mesmo nome – viajasse pela galáxia por dentro de um buraco negro. Como um escritor de ficção sério, queria saber se havia base científica para essa aventura. Perguntou, então, ao seu amigo Kip Thorne, um respeitado especialista na Teoria da Relatividade, da Universidade da Califórnia, que, só então, parou para pensar no assunto.

Ele acabou descobrindo que a idéia de Sagan não só estava de acordo com as teorias de Einstein, como poderia ser usada para viajar no tempo.

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Isso seria possível, segundo Thorne, se o buraco negro fosse de um tipo especial, chamado buraco de minhoca. A diferença é que os buracos negros comuns só têm entrada, mas nenhuma saída, porque são astros superdensos: tudo o que cai em sua superfície é esmagado e confinado a um ponto infinitamente pequeno em seu centro – um destino nada agradável para um pretenso viajante do tempo. Já os buracos de minhoca são externamente parecidos com os buracos negros, mas seu centro teria, segundo a Relatividade, uma característica espantosa: em vez de ser um ponto duro, de densidade infinitamente alta, ele é como um corredor que leva a outra região do espaço. Resumindo, os buracos de minhoca são como dois buracos negros, em lugares distintos do universo, ligados por um túnel. Entrando dentro de um, você poderia viajar pelas eras. (Lembra aqueles portais para outra dimensão, no espaço e no tempo, de filmes de ficção científica? O buraco de minhoca, previsto pela Física moderna, seria exatamente assim.)

Com essa idéia na cabeça, Thorne e seus colaboradores puseram no papel o primeiro esboço concreto, mas nada prático, de uma máquina do tempo. O truque consiste em levar uma das “bocas” de um desses túneis cósmicos para passear em uma nave, em alta velocidade, e manter a outra boca do portal na Terra. Quem estivesse na Terra, veria o tempo passar mais lentamente na boca que está na nave e mais depressa na ponta que ficaria aqui, perto da nossa superfície. Thorne faz os cálculos em seu livro Black Holes and Time Warps (“Buracos Negros e Dobras do Tempo”, ainda não lançado no Brasil) e escreve que, se essa viagem demorar apenas 12 horas para quem está dentro da nave, aqui na Terra terão se passado dez anos. Quando a espaçonave voltar para a Terra trazendo com ela a outra ponta do buraco de minhoca, cada uma das bocas estaria em datas totalmente diferentes. A que viajou nesse ano continuaria em 2002, mas a que ficou na Terra estará em 2012.

Quem atravessasse um dos portais poderia ir para o passado ou para o futuro, dependendo de que lado entrasse (veja infográfico na página ao lado).

Digamos que você, com certa relutância, aceite a possibilidade da viagem para o passado de Thorne. Por que, então, o construtor dessa tecnologia no futuro não vem nos visitar para poupar o nosso tempo de construção dessa máquina? Para Thorne, numa engenhoca do tempo desse tipo jamais seria possível viajar a um instante anterior à construção da engenhoca. Quem sonha em assistir a um embate de gladiadores no Coliseu ou ver, ao vivo, um dos sermões de Jesus Cristo no passado, vai continuar sonhando.

Mesmo sem contar as imensas dificuldades técnicas para achar buracos de minhoca e carregá-los para dentro de uma nave, o projeto de Thorne só não pode ser imediatamente patenteado porque não se sabe ainda como manter o túnel entre as eras aberto permanentemente. Acredita-se que os buracos de minhoca eram comuns nos primeiros instantes do universo, mas, imediatamente depois de nascer, as portas internas da maioria deles teriam sido fechadas, transformando-os em buracos negros comuns.

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E se você ainda pensa que as aventuras no tempo são impossíveis por que terminam em paradoxos cabeludos como o vivido pelo personagem do De Volta Para o Futuro (que quase desaparece ao interferir no relacionamento do seu pai com sua mãe), relaxe. Parece cada vez mais claro que o universo é mais inteligente que isso: não se pode enganá-lo pelo simples fato de recuar algumas décadas no calendário, azarar o encontro entre papai e mamãe e impedir o seu próprio nascimento. E se você não nasceu, como anulou sua gestação? Sinuca de bico, certo? Errado.

Por mais que os cientistas tentem, não conseguem produzir paradoxos dessa natureza. Ao que tudo indica, eles não acontecem justamente por que as eras estão interligadas de maneira indissolúvel, de trás para a frente e de frente para trás. Quem existe, existe, está registrado e pronto. Não dá mais para abolir, nem com uma viagem ao passado. Você pode até tentar mudar o destino dos seus pais, mas alguma coisa o atrapalhará pelo simples fato de ter nascido. E isso não pode mudar. Com a descoberta dessa inesperada trama de causa e efeito dentro do espaço-tempo, é como se a teoria desse razão ao roteiro do novo filme A Máquina do Tempo, em que o personagem interpretado por Guy Pearce tenta alterar o passado sem sucesso.

Ninguém tem dúvidas de que a tecnologia necessária para construir máquinas capazes de passear pelos labirintos do espaço-tempo é incrivelmente complexa e ainda está cheia de lacunas técnicas por falta de conhecimento de detalhes cruciais. Isso para não falar na dura realidade de sempre: tudo tem um preço e o custo de uma viagem como essa, em termos de matéria-prima e energia, é infinitamente superior àquilo que a pobre humanidade teria condições de providenciar, de imediato.

Para se ter uma idéia, a viagem para o passado pressupõe que os engenheiros tenham a capacidade de transportar e desmontar planetas ou estrelas inteiras para fabricar buracos negros ou objetos ainda mais fantásticos da fauna universal. Já é possível fazer um rascunho da engenharia envolvida: em um dos projetos pioneiros, apresentado recentemente, o resultado seria um aparelho realmente assustador, com 320 milhões de quilômetros de diâmetro e uma massa 200 milhões de vezes superior à do Sol. Ou seja, ela pesaria tanto quanto a Via Láctea inteira. Pouco prático, não?

Traduzindo, os bilhetes do turismo temporal ainda não estão à venda e as bilheterias deverão continuar fechadas, provavelmente por um bom tempo. Mas o mais surpreendente é a ciência já ter chegado ao ponto de, pelo menos, rabiscar as especificações de uma engenhoca para viajar no tempo. Há pouco mais de uma década não se podia sequer perguntar se essa possibilidade existia. A resposta seria um sorriso lacônico de desdém e censura. Hoje, algumas das mentes mais brilhantes da atualidade, da Califórnia a Israel, de Moscou a Copenhagem ou Londres, competem pela derrubada de antigos mitos e falsas premissas sobre o assunto. Sempre dentro da mais rigorosa metodologia científica, sustentada por lógica impecável e matemática primorosa.

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Assim, enquanto não surgem teorias novas que ensinem a fabricar túneis do tempo estáveis, a viagem no tempo continuará sendo um sonho. Mas um sonho baseado na ciência e não mais em delírios de ficção. Em 1905, quando Einstein publicou sua teoria, eram poucos os homens que levavam a sério a possibilidade de o homem construir uma bomba atômica ou viajar à Lua. O que era um sonho foi concretizado em menos de 70 anos. Agora é só esperar.

Para saber mais

Na livraria

O Enigma do Tempo, Paul Davies, Ediouro,1995

How to Build a Time Machine, Paul Davies, Pinguin Putnan Inc., 2002

Breve História do Tempo Ilustrada, Stephen Hawking, Editora Albert Einstein, 1997

O Universo numa Casca de Noz, Stephen Hawking, Mandarim, 2001

Black Holes & Time Warps, Kip S. Thorne, W.W., Norton & Company, 1994

Time: A Traveler·s Guide, Clifford Pickover, Oxford University Press, 1998

Time Travel in Einstein’s Universe, Richard Gott, Houghton Mifflin Company, 2001

Receita para uma viagem no tempo

Veja o que os engenheiros precisariam fazer para construir um portal entre o futuro e o passado

1 – Ache um buraco de minhoca

Base para a construção da sua máquina, o buraco de minhoca é como um buraco negro com saída para outra dimensão. Mas ninguém sabe ainda como seria possível trazer um deles para a Terra

2 – Leve uma de suas bocas para viajar

Depois de arrumar um jeito (Deus sabe como!) de conseguir um buraco de minhoca, coloque uma de suas extremidades dentro de uma espaçonave para viajar pelo espaço em alta velocidade. Deixe a outra extremidade presa na Terra

3 – Acertando os ponteiros

Digamos que você queira viajar dez anos no tempo. Ajuste sua espaçonave para ela atingir a velocidade próxima da luz (300 000 quilômetros por segundo) durante 12 horas. Enquanto você conta apenas 12 horas de viagem na espaçonave, na Terra já se passaram dez anos

4 – O Portal está pronto

Quando a espaçonave voltar, o portal que ficou na Terra estará em 2012 e o que voltou de viagem permanecerá em 2002. Agora é só atravessar de um lado para o outro o buraco de minhoca e viajar de 2002 a 2010, ou vice-versa

O paradoxo dos gêmeos

Segundo a Teoria da Relatividade, é mais fácil viajar para o futuro do que para o passado

1 – Partindo para o futuro

Imagine que um dos gêmeos parte em uma viagem espacial durante a qual ele se move próximo da velocidade da luz, enquanto seu irmão permanece na Terra

2 – Cada um no seu tempo

De acordo com a Teoria da Relatividade, os relógios deles marcariam o tempo de forma diferente. O movimento da nave faria o tempo fluir mais devagar no espaço, conforme visto por seu irmão aqui na Terra

3 – Irmão gêmeo mais velho

Ao retornar do espaço, o viajante descobrirá que seu irmão envelheceu bem mais que ele

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