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Anac libera viagens no tempo

A partir desta segunda feira, primeiro de abril, cias aéreas brasileiras poderão emitir bilhetes para destinos no passado e no futuro.

Por Michel J. Raposo
Atualizado em 1 abr 2019, 15h03 - Publicado em 1 abr 2019, 12h43

O Brasil seguiu a tendência global: as companhias que operam nos aeroportos nacionais já estão liberadas para comercializar passagens para qualquer ponto do tempo.

O maior debate na Agência Nacional de Aviação (Anac) dizia respeito à segurança dos pousos e decolagens, principalmente no caso de destinos no passado remoto. A ausência de pistas em locais como a Roma Antiga ou o Cretácio Superior colocava em xeque a viabilidade das viagens no tempo para o grande público.

Uma série de acordos intertemporais, porém, mitigou o problema. Neste final de semana, por exemplo, a Alitalia acertou com o imperador Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a construção de um aeroporto na Roma do ano 20 a.C. Como o acordo foi firmado num encontro entre Augusto e os executivos da companhia em 27 a.C., a estrutura já está pronta, pois teve sete anos para ser construída.

O trato também providenciou pistas em outros destinos populares sob a jurisdição romana da época, como Atenas e o Egito Antigo. Viagens para períodos anteriores à construção dos aeródromos seguem vetados – por enquanto, nada de ver como as pirâmides foram erguidas, assistir uma palestra de Platão ou checar se o Mar Vermelho abriu mesmo.

A El Al, companhia aérea de Israel, tenta lançar um pacote de Páscoa para cristãos que desejem assistir à crucificação em Jerusalém. A proposta, porém, é considerada polêmica, já que Cristo foi crucificado na parte oriental da cidade, aquela que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro estado. 

Para visitar a antiga Jerusalém Oriental, então, passageiros precisam fazer uma escala no futuro, onde está o Estado Palestino, e, de lá, pegar um voo para os tempos de J.C.

Também começam a surgir novas oportunidades no mundo do entretenimento. Paul McCartney fechou nesta semana um contrato com o Paul McCartney de 1966 para a realização de uma turnê mundial dos Beatles em 2020. O set list, porém, não contará com clássicos como Hey Jude e Something, que ainda não tinham sido compostas. Paul tinha tentado um acordo com o Paul de 1969, para evitar esse problema. As negociações, porém, emperraram, já que os Beatles estavam se separando na época.

A British Airways também confirmou um voo semanal entre Guarulhos e a Liverpool de 1962, para quem quiser ver a banda tocando antes da fama, no Cavern Club. “O fato de os shows deles serem tão lotados na época confirma que os nossos voos para Liverpool serão um sucesso”, diz H. G. Wells, CEO da British, enquanto mostra uma foto em preto e branco de 57 anos atrás em que Sandy e Júnior aparecem no camarote do Cavern – alguns anos mais velhos do que estão hoje.

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A maior demanda no Brasil, no entanto, não é por destinos históricos ou culturais. Segundo a Câmara Brasileira de Turismo, 97% da procura por viagens no tempo por aqui são para a Disney de 2011, com o dólar a R$ 1,50.


Colaborou Alexandre Versignassi, da Reportagem Temporal

Feliz primeiro de abril 😉

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