Firefox lança versão 4.0. É o suficiente para enfrentar o Chrome?
Acaba de cair na rede o Firefox 4.0 Beta 1, com várias novidades para combater o avanço do Google Chrome (que tem crescido principalmente às custas do rival). Mas e aí? O novo Firefox é bom? Tem o que é preciso para enfrentar o Chrome? Vejamos: 1. Interface gráfica. É o que mais mudou. No Firefox 4.0, […]
Acaba de cair na rede o Firefox 4.0 Beta 1, com várias novidades para combater o avanço do Google Chrome (que tem crescido principalmente às custas do rival). Mas e aí? O novo Firefox é bom? Tem o que é preciso para enfrentar o Chrome? Vejamos:
1. Interface gráfica. É o que mais mudou. No Firefox 4.0, as abas foram para a parte superior da tela, acima da barra de endereços, e a barra de menus (comandos Arquivo, Editar etc) foi suprimida – trocada por um botão. É exatamente como no Chrome, e faz todo o sentido. Mas o Firefox ainda tem deficiências. Primeiro, as mudanças só valem para Windows 7 e Vista – no Windows XP, o programa exibe uma feia e inútil barra-título, que o Chrome não tem. Ele também desperdiça espaço com a barra de status – que no Chrome só é exibida quando você passa o mouse sobre um link, como deve ser.
A barra de endereços do Firefox continua separada do campo de busca. Isso reforça a privacidade do usuário, mas é considerado inconveniente por muita gente (dica: se você quiser usar a barra de endereços do Firefox para fazer buscas, é só digitar a letra “g” antes da palavra-chave). Em suma: a interface gráfica do Firefox está melhor. Mas não é tão moderna, nem tão simples, quanto a do Chrome.
2. Estabilidade. O novo Firefox usa o mesmo sistema do Google Chrome: se uma página der pau, só ela trava – as demais continuam rodando normalmente. É um avanço bem-vindo e superimportante. Mas não é uma inovação.
3. Desempenho. No meu PC de trabalho, o Firefox leva 9 segundos para carregar – quase o dobro do Chrome. Isso é ruim. Em compensação, ele ocupa bem menos memória do computador: com 7 abas abertas, consumiu 186,1 megabytes de memória RAM – praticamente a metade do exigido pelo Chrome para abrir as mesmas páginas (368,9 MB). Em máquinas com pouca memória, como boa parte dos netbooks, isso é uma vantagem enorme.
Nos demais quesitos, Chrome e Firefox meio que se equivalem. O Firefox tem mais extensões, é verdade, mas todas as principais já têm versões para Chrome. Em compensação, o navegador do Google é um pouco mais seguro (porque roda numa caixa de areia, isolado do resto do sistema). A grande questão é que o Chrome continua parecendo -e sendo- um pouco mais moderno, o que faz toda a diferença aos olhos do usuário comum.
Os fãs ardorosos do Firefox vão continuar com ele. Mas sua nova versão não traz nada que possa convencer alguém a largar o Chrome – ou conter o êxodo de usuários para o programa do Google. É uma luta injusta. De um lado, o Google e seus 20 mil funcionários (entre eles vários ex-desenvolvedores do Firefox). Do outro, a Fundação Mozilla e algumas centenas de voluntários. Parece lógico que, cedo ou tarde, o Chrome esmague o adversário. A menos, claro, que o Firefox apareça com alguma coisa muito genial. Na versão 4.0, ele não tem isso.