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Homens ricos acham suas mulheres mais feias

Pesquisadores convenceram jovens de que eles ganhavam bem mais que os colegas. Era mentira, mas os "novos ricos" ficaram insatisfeitos com as namoradas e mais dispostos a flertar com outras mulheres.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h06 - Publicado em 25 Maio 2016, 14h45

Quem ganha dinheiro fica mais exigente e quer dar um upgrade em tudo – até na mulher. É o que mostra um novo estudo realizado em Hong Kong com estudantes universitários em relacionamentos sérios. E os pesquisadores tinham senso de humor.

Primeiro, convenceram os rapazes de que eles ganhavam muito mais que seus colegas. Depois, prometeram que se encontrariam com uma linda modelo. Era tudo pegadinha, mas os homens que passaram a se considerar ricos eram os mais insatisfeitos com as namoradas e estavam mais dispostos a flertar com outras mulheres atraentes.

O estudo foi dividido em dois testes. Os 182 participantes eram todos heterossexuais em relacionamentos sérios de 2 meses a 7 anos de duração. Os cientistas começaram o experimento manipulando um grupo a acreditar que era mais rico que os demais universitários, enquanto o outro tinha a sensação de ser relativamente pobre.

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A farsa funcionava assim: os dois grupos respondiam a um questionário sobre sua situação financeira (cargo, salário, poupança). Mas as 7 opções de resposta eram diferentes para cada grupo. Os participantes ganhavam uma média de 1500 yuans. No questionário que fazia os jovens se sentirem ricos, as perguntas como “quanto você ganha” tinham valores baixos nas opções de resposta: 1) De 0 a 250 yuans, …, 7) Mais de 500 yuans. Assim, na maioria das vezes esses voluntários selecionavam a resposta mais alta.

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No formulário que fazia com que eles se sentissem pobres, as faixas eram bem mais altas: 1) De 0 a 2.000 yuans, 7) Mais de 12.000 yuans. E a manipulação funcionou direitinho. Os cientistas confirmaram que a grande maioria dos participantes acreditava que as 7 opções que ele viu representavam o mínimo e o máximo que um universitário ganhava no seu setor – e quem marcou as opções mais altas saía satisfeito.

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Depois que estavam convencidos da sua riqueza ou pobreza, os jovens tinham que avaliar o quão atraentes eram seus respectivos namorados ou namoradas. No caso dos homens, a riqueza (imaginária) sobe à cabeça: eles consideravam que suas namoradas estavam bem mais longe do seu ideal de beleza do que os homens “pobres”. Já entre as mulheres, não houve nenhum efeito significativo – mulheres, sejam elas ricas ou pobres, conseguem avaliar racionalmente a aparência do parceiro.

O dinheiro também fez com que os jovens ricos se sentissem mais confiantes para abordar pessoas bonitas. No segundo teste, os pesquisadores recrutaram mais 121 universitários que namoravam sério. Aí, pediram que eles avaliassem fotos de pessoas lindas. Quando terminavam, eles anunciavam que queriam analisar a reação deles em um encontro face a face com um dos modelos fotográficos. De novo, não era verdade.

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Os participantes foram enviados um de cada vez para uma sala com 6 cadeiras. Em um dos assentos, estavam pendurados um casaco, uma bolsa e um chapéu. Os pesquisadores avisavam que o convidado já estava voltando e pediam que o voluntário sentasse. Eles perceberam que homens e mulheres mais “ricos” tendiam a sentar mais perto de onde pensavam que o convidado bonito ia sentar. Já os que se consideravam mais pobres mantiveram uma distância maior. Na comparação entre os gêneros, os homens se aproximaram mais que as mulheres.

Os cientistas acreditam que esse cenário é uma boa indicação de quem está disposto a pular a cerca ou, pelo menos, a flertar com alguém atraente apesar de estar em um relacionamento.

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O estudo reconhece que, por ser feito só com estudantes chineses, pode existir um fator cultural nos resultados. Mas eles estão bem certos de que uma tendência parecida aconteceria em qualquer parte do mundo, em maior ou menor grau. Isso porque associam a descoberta às nossas raízes evolutivas: os machos que se sentem “por cima” com relação ao restante do bando têm um leque maior de opções de parceiras e podem ser exigentes sem o risco de ficar sem descendentes. Já as fêmeas comprometidas preferem manter sua estabilidade, o que aumenta as chances de ter um apoio paternal para os seus filhotes por mais tempo.

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