Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

99,8% dos americanos conhecem vítimas de armas

Nos EUA, cidadãos têm 10 vezes mais chances de serem mortos por um tiro do que em outros 22 países desenvolvidos

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 nov 2016, 13h17 - Publicado em 9 nov 2016, 13h11

“O governo não tem o direito de ditar que tipo de proteção os cidadãos de bem podem comprar”, diz Donald Trump, republicano recém eleito à presidência dos EUA, em seu site. Durante toda a campanha, o político reforçou sua defesa pelos cidadãos “honestos”, afirmando que isso aumentaria a segurança no país: “Até em Paris”, explica ele, “se eles tivessem armas do outro lado [na noite do atentado], não haveria mais de 130 mortos”. Mas será mesmo?

Não é o que mostra um estudo conduzido pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, que analisou os dados sobre mortes e ferimentos por armas de fogo e comparou-os ao número estimado de relações sociais (312) que uma pessoa tem, em média, enquanto vive. O resultado foi uma projeção assustadora: ao longo da vida, 99,8% os americanos conhecerão pelo menos uma vítima de arma. Esse número aumenta especialmente entre os negros (99,9%), e é um pouco menor entre os brancos (97,1%) e outros grupos (88,9%).

LEIA: A ciência segundo Donald Trump

Quando se olha apenas para as vítimas fatais, o número também é alto: as chances de vir a conhecer pessoas que foram mortas por balas era de 84,3% entre todos os americanos – e também aumentava entre os negros (95,5%). Levando em conta só os ferimentos não fatais, a proporção continua parecida: 99,9% entre os negros e 80,3% entre brancos.

Continua após a publicidade

LEIA: Cuidado com os outros Trumps: quem quer ver o circo pegar fogo vai acabar queimado

Esses resultados mostram que os americanos, especialmente os negros, têm 10 vezes mais chances de morrer como resultado de um tiro do que habitantes de outros 22 países desenvolvidos que o próprio estudo usou como comparação, como Alemanha, França e Suécia.

Os dados usados pela pesquisa são de 2013 e foram colhidos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Segundo o CDC, naquele ano foram 33.636 mortes (21 mil das quais eram suicídios) e 84.258 ferimentos causados por armas no país.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.