Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
Continua após publicidade

Os perigos da rusga entre Bolsonaro e a China

O conflito do candidato com o maior parceiro comercial do Brasil é uma ameaça à nossa economia.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 out 2018, 14h34 - Publicado em 6 out 2018, 12h22

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Foi o crescimento dela que garantiu a bonança da era Lula, e que segue carregando nossa economia nas costas. Sem a China, a gente não anda de avião nem troca de carro.

Bolsonaro detesta a China. Diz que eles “não estão comprando no Brasil, estão comprando O Brasil”.

Neste ano,ele fez uma turnê pela Ásia e não pisou na China. Foi a Taiwan, país que os chineses não reconhecem – entendem o lugar como uma província rebelde. A embaixada da China comunicou por escrito que a atitude de Bolsonaro foi uma “afronta à soberania e à integridade territorial da China”.

Foi mais ou menos como ir para o lugar onde ficam Israel e a Palestina, e só pisar nos territórios palestinos.

Ou, em termos nacionais, como se Trump viesse ao Brasil, se encontrasse com Marcola, do PCC, parabenizando-o pela queda dos homicídios em São Paulo, e voltasse para casa.

Continua após a publicidade

Sem querer comparar Taiwan ao crime organizado (trata-se de um país legítimo – idem para a Palestina). Mas é dessa forma que os Chineses veem a ilha. Mesmo assim, Bolsonaro fez a provocação.

A posição de Bolsonaro em relação à China é chavista, retrógrada. Se produtores de soja, de minério de ferro, de petróleo tiverem seu comércio com a China tolhido, nossa economia desaba. E Bolsonaro já deixou claro que, nessa seara, não tem Paulo Guedes. Quem manda é ele. O problema é que nada na nossa economia é mais importante do que a manutenção de uma relação aberta com a China – como deveria ser com qualquer país, de acordo com a cartilha mais básica do liberalismo econômico.

O “mercado” gosta da ideia de termos um Pinochet no comando, um liberal linha-dura, que abra a economia na porrada. Beleza. Não estamos falando de moral aqui, nem de civilidade, mas de dinheiro. Só tem um problema: falta combinar com o Bolsonaro. Porque sob a pele liberal do sujeito não há exatamente um Pinochet. Há um Nicolás Maduro. Um Hugo Chávez.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.