Sony e Microsoft revelam detalhes de seus novos consoles; Xbox Series X leva vantagem sobre PlayStation 5
Videogame da Microsoft tem SSD maior e potência gráfica teórica ligeiramente superior; veja as diferenças entre Xbox Series X e PlayStation 5, cujo hardware acaba de ser anunciado
Videogame da Microsoft tem SSD maior e potência gráfica teórica ligeiramente superior; veja as diferenças entre Xbox Series X e PlayStation 5, cujo hardware acaba de ser anunciado
A Sony finalmente revelou, em uma conferência online, as especificações técnicas de seu novo console, o PlayStation 5. Ele tem processador AMD Zen 2, com oito núcleos operando a 3,5 GHz, e uma GPU (chip de vídeo) AMD RDNA 2, com 36 unidades de computação gráfica operando a 2,23 GHz, com performance máxima teórica de 10,28 teraflops (trilhões de operações matemáticas por segundo).
Na segunda-feira, a Microsoft havia revelado as especificações técnicas do Xbox Series X, que são as seguintes. O processador também é um AMD Zen 2, mas operando um pouco mais rápido, a 3,8 GHz. Porém, nessa velocidade, apenas 7 dos 8 núcleos ficam disponíveis para o game que está sendo executado – um núcleo é reservado ao sistema operacional do console. Os desenvolvedores de games poderão ativar um modo em que todos os oito núcleos ficam disponíveis. Mas, nesse caso, o “clock” do processador é reduzido para 3,6 GHz (contra 3,5 GHz do PS5). Em suma: no quesito CPU, o PlayStation 5 e o Xbox Series X parecem estar em empate técnico, com discretíssima vantagem para o console da Microsoft.
No caso da GPU, a diferença é um pouco mais significativa – com vantagem para o Xbox. Os novos consoles usam versões customizadas de um chip de vídeo da AMD. Ambos se baseiam na mesma microarquitetura interna (RDNA2), mas têm configurações bastante distintas. Enquanto o PlayStation possui 36 unidades de computação gráfica operando a 2,23 GHz, o novo Xbox tem bem mais unidades (são 52), mas trabalhando em “clock” menor: 1,825 GHz.
O resultado disso é que o console da Microsoft alcança 12,1 teraflops – contra 10,28 do PlayStation 5. Porém, a evolução das GPUs tem mostrado que a simples contagem de teraflops nem sempre é um indicador de performance real. Testes feitos pelo site Digital Foundry, por exemplo, provaram que uma GPU de 4 teraflops é capaz de oferecer quase o mesmo desempenho que uma GPU de 6 teraflops se elas tiverem grandes diferenças de arquitetura interna. Será necessário esperar o lançamento dos consoles, e dos games, para ver se a vantagem teórica do Xbox Series X se traduz em vantagem prática.
Um ponto importante é que, segundo a Microsoft, o novo Xbox poderá trabalhar constantemente nas frequências máximas de CPU e GPU; mas o console da Sony terá “clock” dinâmico em ambas. Ou seja: poderá ter a velocidade reduzida, em situações de alta demanda de processamento, para evitar superaquecimento interno. A Sony não entrou em detalhes, a não ser para minimizar a importância dessa questão – mas o quão relevante ela será, ou não, só saberemos quando o console for lançado. O clock dinâmico pode significar que ao contrário do novo Xbox, que parece um PC em miniatura, o videogame da Sony tenha formato mais compacto, mantendo a estética e as proporções dos consoles atuais (o que exigi mais proteção contra superaquecimento). A conferir.
Ambos os consoles têm 16 gigabytes de memória RAM, do tipo GDDR6. Os dois virão equipados com SSD (Solid State Disk), que é muito mais rápido do que os atuais discos rígidos e promete reduzir drasticamente o tempo de carregamento dos jogos. O PlayStation terá um SSD de 825 gigabytes, e vai aceitar discos externos (SSD ou HD) via conexão USB. Já o Xbox Series X terá 1 terabyte – e poderá ser expandido com cartões externos de 1 terabyte cada um, que foram desenvolvidos pela Microsoft em parceria com a Seagate (e usam uma interface mais veloz que a USB).
Resumindo tudo: PlayStation 5 e Xbox Series X têm configurações impressionantes, que representam um salto convincente frente à geração atual. E, pelo menos nos números, o console da Microsoft parece levar alguma vantagem. Mas se isso se traduzirá em superioridade real, é outra questão – vai depender dos games, e de quão bem os desenvolvedores aproveitarão as características de cada console.