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Apoio à legalização da maconha bate recorde nos EUA

Por Tarso Araújo
Atualizado em 26 out 2017, 16h41 - Publicado em 26 out 2017, 15h41

Pesquisa mostra que 64% dos americanos querem o uso da erva regulamentado

Os americanos nunca foram tão favoráveis à regulamentação de maconha como o do álcool ou tabaco. Desde 1969, o instituto Gallup pergunta aos cidadãos daquele país: “Você acha que o uso de maconha deveria ser legalizado ou não?” Na pesquisa desse ano, 64% das pessoas responderam que sim, contra apenas 12% em 1969.

(Gallup/Reprodução)

Outro recorde relevante foi o apoio dos cidadãos filiados ao partido Republicano, representante da direita conservadora. Pela primeira vez na história, a legalização foi apoiada pela maioria dos entrevistados dessa turma: 51% deles querem a maconha legalizada. Um aumento de 9 pontos percentuais em apenas um ano, comparando com os 42% de 2016.

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(Gallup/Reprodução)

Com a opinião pública cada vez mais a favor da medida, aumenta a pressão para que o governo federal legalize a erva em nível nacional. “Com a maioria dos Estados com leis para regular a maconha de alguma forma, e com quase dois terços dos eleitores endossando a legalização do uso da planta por adultos, não faz mais sentido do ponto de vista político, fiscal ou moral manter a proibição federal da maconha”, disse num comunicado oficial o Justin Strekal, diretor político da Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha.

Essa onda de legalização que já vem tomando conta do país em nível estadual ajuda a explicar as estatísticas. Atualmente, um quarto da população americana vive em Estados com a maconha legalizada. Em 2016, mais quatro deles aprovaram a regulamentação da droga – incluindo a rica e gigante Califórnia. Além disso, 29 dos 50 Estados – mais o Distrito Federal – aprovaram os dispensários de maconha medicinal.

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Claro que o apoio acontece porque todas essas mudanças legais em relação à maconha vieram acompanhadas de grandes lucros com a nova “economia verde” e nenhum problema grave de saúde segurança pública. Ao contrário: diferentes estudos têm indicado benefícios de saúde pública para estados que legalizam a maconha.

Uma pesquisa publicada este ano no respeitado Journal of the American Medical Association concluiu que a estados com maconha legalizada têm uma média de 25% menos mortes associadas ao uso de remédios opioides e heroína. A queda de mortalidade pode ser verificada em todos eles com o tempo e chega a 33% em 6 anos, na média. Dados publicados em abril por outro estudo do jornal científico Drug And Alcohol Dependence corroboram os achados: Estados com maconha medicinal tiveram reduções nos índices de internação e overdose por abuso de opioides de 23% e 13%, respectivamente.

Tudo isso num momento em que os EUA enfrentam a maior crise de overdoses da sua história recente, causada exatamente por remédios opioides comprados com prescrição médica em qualquer farmácia. Não deixar de ser irônico que essa crise esteja sendo aliviada justamente pela maconha, que na época da primeira pesquisa do Gallup foi apresentada pelo presidente Richard Nixon como o “inimigo público número 1 da América”. Segundo o Gallup, os americanos não compram mais essa história.

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