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10 jogos de videogame baseados em livros

Por Redação Super
Atualizado em 3 set 2024, 10h02 - Publicado em 20 out 2014, 18h04

Por Bruno Assis

Jogar videogame e se deliciar com a literatura não são atividades excludentes como muitos pregam por aí. Seja através de adaptações fieis, sequências diretas ou apenas inspirações, não faltam casos de jogos que têm como fonte as grandes obras da literatura. Para fazer esta lista, deixamos de lado aqueles games que se inspiraram nos filmes baseados em obras literárias e listamos 10 jogos que têm como fonte os próprios livros.

 

1. O guia do mochileiro das galáxias (1984)

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Não entrar em pânico é quase impossível com este jogo. Produzido pela empresa estadunidense Infocom, que no início da década de 1980 já era bastante conhecida por seus jogos de ficção interativa, O Guia do Mochileiro das Galáxias não é apenas mais um desse gênero: ele teve o dedo do autor dos livros, Douglas Adams. Ele trabalhou em todo o desenvolvimento da história, que é bem parecida com a contada no livro. A dificuldade fica por conta da mecânica do jogo. Por causa das limitações tecnológicas da época, toda a trama foi contada por meio de puzzles textuais. E não são puzzles quaisquer. Um dos mais difíceis, e que se tornou um clássico por isso, é o do Peixe Babel. Ultrapassar esta parte é um feito tão impressionante que a Infocom comercializou camisas com os dizeres “I got the Babel Fish” (“Eu consegui passar pelo Peixe Babel”, em tradução livre).

Para comemorar os trinta anos do lançamento do jogo, a BBC de Londres produziu uma nova versão revitalizada, mantendo a mecânica textual e acrescentando uma interface gráfica. Você pode jogar online aqui, mas já vamos avisar: talvez seja mais fácil voar do que sair do quarto escuro onde tudo começa.

 

2. O médico e o monstro (1988)

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A famosa história de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, escrita pelo britânico Robert Louis Stevenson, foi transformada em um jogo para Nintendinho, pela empresa japonesa Toho. A adaptação, porém, só mantém o título e o nome dos personagens da obra original. No jogo, Dr. Jekyll caminha pela cidade rumo a seu casamento, enquanto é impedido pelas pessoas e animais. Quanto mais o personagem apanha, mais sua raiva aumenta e, quando atinge o limite, ele faz como Bruce Banner e se transforma. Em vez do Hulk, surge Mr. Hyde, que precisa enfrentar criaturas do além para atingir seu objetivo (que é continuar andando, sempre). O jogo é tão diferente do livro que até o final ele altera e tudo termina bem e feliz. Veja os dois finais possíveis no vídeo abaixo.

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3. Duna (1992)

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Um dos maiores clássicos da ficção científica mundial também foi parar nos videogames. Escrito pelo estadunidense Frank Herbert em 1966, Duna traz o conflito político entre três famílias nobres em uma Terra futurista. O jogo, desenvolvido pela Cryo Interactive e lançado para PC e Sega CD, também segue essa premissa básica, mas acrescenta elementos de estratégia e aventura para melhorar sua mecânica.

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Apesar disso, o jogo mais aclamado da série é o segundo, chamado de Dune II: The building of a dynasty. Com uma história que se afasta do material original e se aproxima do filme de 1984, ele é considerado um dos grandes jogos de estratégia da época, sendo fundamental para o surgimento de games como Age of Empires, Command and Conquer e StarCraft.

 

4. Parasite Eve (1998)

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Um clássico do Playstation, Parasite Eve é um jogo de survivor horror lançado pela Square, famosa pela franquia Final Fantasy. A história do jogo gira em torno da tal Eve do título, que é a vilã a ser derrotada. Ela é uma espécie de ser que consegue manipular as mitocôndrias das pessoas, levando-as a combustão espontânea. Cabe a Aya Brea deter o monstro antes que ele consiga procriar.

O que pouca gente sabe é que essa premissa bizarra é uma sequência do livro Parasite Eve, escrito pelo japonês Hideaka Sena. Lançado em 1995, essa ficção científica traz todas as explicações para entender a figura de Eve e a razão dela manipular as mitocôndrias das pessoas.

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5. Tom Clancy’s Rainbow Six (1998)

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De todos os jogos desta lista, o único que pode carregar o emblema de ter revolucionado um gênero é Tom Clancy‘s Rainbow Six. Lançado para todas as plataformas da época, ele veio para consolidar de vez o formato de combates táticos, onde as ações furtivas e as escolhas do jogador valem mais do que o tiro, porrada e bomba. A série fez tanto sucesso que continua a ser desenvolvida até hoje. Na E3 de 2014, a Ubisoft anunciou que o sétimo jogo da franquia, Rainbow Six Siege, está previsto para 2015.

O jogo foi desenvolvido enquanto Tom Clancy ainda escrevia o livro Rainbow Six. Lançados no mesmo ano, eles funcionaram como uma dobradinha eficiente para os fãs, que puderam ter um acesso maior às informações presentes no game e acompanhar de perto as aventuras do contra-terrorista Rainbow.

 

6. The Wheel of Time (1999)

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Pouco conhecidos aqui no Brasil, The Wheel of time é uma série de livros escrita pelo estadunidense James Oliver Rigney, sob o pseudônimo de Robert Jordan, e que chegou a seu 15º – e último – livro em 2013. O autor, porém, morreu em 2007 sem concluí-la, deixando a cargo de Brandon Sanderson a reunião dos manuscritos restantes e a finalização da história, que mescla bastante elementos do budismo e do hinduísmo em um mundo ficcional inédito e detalhado.

O jogo inspirado na série foi lançado em 1999, no mesmo ano de Quake III, e acabou relegado a segundo plano por ter uma mecânica de jogo semelhante, porém inferior a de seu concorrente. A principal diferença é que, em vez das armas, este jogo em primeira pessoa envolve bastante magia e elementos fantásticos, que são uma homenagem ao material de origem. E apesar de Robert Jordan ter sido consultado para fazer a trama do jogo, ela se difere do material original e não é considerada cânone na mitologia.

 

7. American McGee’s Alice (2000)

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Pouco tempo depois do fim de Alice através do espelho, um incêndio destrói a casa de Alice e mata seus pais. Ao lutar para superar a perda, a menina de apenas sete anos perde também a lucidez e termina internada em um hospício, catatônica. Dez anos depois, Alice ainda está em tratamento e acaba reencontrando o coelho branco, que a leva de volta para um País das Maravilhas não tão maravilhoso assim.

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Apesar de insana, esta trama não foi escrita por Lewis Carroll. Lançado em dezembro de 2000 para PC, American McGee’s Alice traz a mais macabra e violenta versão dos personagens criados por Carroll. No jogo há uma Alice psicopata, uma Rainha de Copas homicida e um chapeleiro realmente louco, dentre diversos outros personagens que foram transformados em verdadeiras aberrações. Lançado pela Rogue Entertainment, ganhou uma continuação em 2011, chamada Alice: Madness Return.

 

8. Dante’s Inferno (2010)

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“Da nossa vida, em meio da jornada/achei-me numa selva tenebrosa,/tendo perdido a verdadeira estrada”. É assim que Dante começa seu caminho rumo aos nove círculos do inferno, enfrentando diversos monstros para liberar a alma de sua amada Beatriz das mãos de Lúcifer. Calma, esta não é a história da clássica obra de Dante Alighieri, mas sim a sua adaptação para Playstation 3 e Xbox 360, lançada em 2010 pela Visceral Games. Baseado na parte do inferno de A Divina Comédia, o jogo tem uma mecânica parecida com a da série God of War, com o personagem enfrentando demônios, almas e até bebês abortados com uma cruz sagrada como arma principal.

 

9. Metro 2033 (2010)

 

A primeira vez que se ouviu falar do romance Metro 2033 foi em 2002, quando ele se tornou um fenômeno na internet russa. O sucesso de público foi tão grande que o livro de Dmitry Glukhovsky ganhou uma versão física em 2005 (vendeu mais de 500 mil cópias só na Rússia, fora os 2 milhões que leram antes da publicação oficial) e tradução para o inglês em 2010, coincidindo com o lançamento do jogo.

Produzido pela A4 Games, Metro 2033 é uma aventura em FPS (tiro em primeira pessoa), lançada para PC e Xbox 360, que acompanha Artyom, um sobrevivente dos ataques nucleares que devastaram o planeta em 2013. Junto com um grupo de pessoas, ele habita os metrôs de Moscou e precisa lutar contra mutantes e ainda enfrentar as conspirações políticas do local. O livro ganhou uma continuação em 2009, chamada Metro 2034, mas pouco tem a ver com a sequência do jogo, chamada Metro: Last Lighy, lançada em 2013.

 

10. Terra-Média: Sombras de Mordor (2014)

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Elfos, humanos, anões, hobbits, orcs, trolls e muitas batalhas. Não foram poucos os jogos que se ambientaram na Terra-Média e usaram esta mesma mecânica, mas poucos se arriscaram tanto quanto o mais recente game da Monolith Productions. Lançado em setembro de 2014, Terra Média: Sombras de Mordor acompanha a história de Talion, um guerreiro de Gondor que, após sua morte, tem como missão vingar o assassinato de sua família e resgatar a memória do elfo Celembrimbor – o criador dos aneis de poder.

A grande diferença deste jogo para os demais é que, mesmo que você procure, não vai encontrar nenhuma referência ao protagonista nos livros escritos por J. R. R. Tolkien. Temporalmente localizado entre O Hobbit e a trilogia do anel, Sombras de Mordor traz uma história inédita, escrita por Christian Cantamessa, de Red Dead Redemption e que é grande fã dos livros do Tolkien, com a supervisão de ninguém menos que Peter Jackson. Foi lançado para PC, Xbox 360 e One, Playstation 3 e 4, recebendo nota 85/100 no Metacritics.

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