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11 pinturas com inspirações eróticas

Por Otavio Cohen
Atualizado em 4 set 2024, 09h07 - Publicado em 15 Maio 2015, 17h32

ATENÇÃO: este texto tem conteúdo erótico e é recomendado para maiores de 18 anos.

Desde o tempo das cavernas, o sexo inspira a arte. Pode acreditar: existem até pinturas rupestres eróticas. A sensualidade está por toda a parte: nas cerâmicas tradicionais da Grécia Antiga, nos templos indianos do Kama Sutra que relacionam sexo e religião, nas esculturas indígenas dos povos nativos da América Latina. O Japão tem até um estilo artístico específico para as gravuras mais safadinhas: o shunga.

A verdade é que a maior parte das civilizações antigas e modernas dá muito valor ao sexo. E é bem natural que isso apareça representado na cultura do povo. Para dar alguns exemplos, separamos algumas obras de arte de várias épocas e estilos diferentes, que mostram o poder do erotismo, da fertilidade e da liberdade sexual como inspiração.

 

1. O Grande Masturbador (Salvador Dalí, 1929)

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Toda explicação para a arte surrealista é meio inútil. Mas existem algumas teorias. A cabeça feminina pode ter sido inspirada por Gala Éulard, a musa de Dalí na época. A boca dela está bem perto de… bem… vocês sabem. Dizem que, quando Dalí era criança, seu pai lhe mostrou um desses livros que mostram fotos horríveis de pessoas com níveis avançados de doenças venéreas. O futuro artista ficou fascinado e transtornado por causa das imagens. E esse método de educação sexual acabou influenciando bastante sua obra.

 

2. Dois amantes (Katsushika Hokusai, 1815)

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A maior parte das obra de arte shunga era feita em xilogravura. Imagens do tipo eram muito famosas no período Edo, entre 1603 e 1868, e representavam o estilo de vida ideal e a nova organização social que aparecia no Japão naquela época. Aparentemente, sexo era bem importante nesse novo contexto. Hokusai também criou umas imagens eróticas bem bizarras, que mostram pessoas interagindo com bichos com tentáculos – ele praticamente inventou o hentai moderno! Sabe o que mais ele fez? Aquela ilustração famosíssima da tsunami japonesa.

 

3. O beijo (Pablo Picasso, 1967)

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Pablo Picasso despensa apresentações. Mas quem só conhece suas pinturas – ícones do cubismo – talvez nunca tenha visto suas ilustrações mais “simples”, como essa. A cena mostra a interação das línguas dos dois personagens de um jeito tão sensual que o desenho nem precisa mostrar partes sexuais para ser erótico.

 

4. Cama francesa (Rembrandt, 1646)

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O artista holandês Rembrandt é um dos nomes mais prestigiados da história da arte. Suas telas mais famosas são retratos e cenas da Bíblia, temas muito populares na Europa do século 17. Como ele pintou vários autorretratos, os estudiosos consideram que esta cena também mostre o próprio pintor, num momento íntimo com sua amante Hendrickje Stoffels. O caso dos dois, aliás, é meio polêmico, porque Hendrickje era empregada de Rembrandt e os dois não eram casados no papel. Naquela época, isso era sinônimo de escândalo. A moça foi até excomungada pela Igreja Reformada Holandesa.

 

5. Na cama: o beijo (Henri de Toulouse-Lautrec, 1892)

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O próprio Toulouse-Lautrec achava essa cena o ápice da sensualidade. Nós concordamos. Na imagem, duas moças compartilham um momento íntimo na cama. O artista pós-impressionista era famoso por representar a vida moderna da Paris do fim do século 19.

 

6. A origem do mundo (Gustave Courbet, 1866)

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O diplomata turco otomano Khalil-Bey, famoso colecionador de arte erótica, pediu a Gustave Courbet que ele fizesse uma pintura que retratasse o nu feminino em sua forma mais crua. Em sua obra, Courbet costumava retratar a vida camponesa da sua região, no interior da França. Mas, vez ou outra, também pintava mulheres nuas. Mas é bem possível que o turco tenha ficado bem surpreso quando Courbet chegou com “A origem do mundo”. Pelo menos ninguém pode dizer que ele fugiu da proposta…

 

7. A Maja nua (Francisco de Goya, ˜1800)

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Na época do Renascimento, ninguém se importava muito se as pinturas mostrassem gente pelada, desde que em contextos bíblicos ou etéreos – tipo anjos, figuras mitológicas, etc. Aí acabou a festa e a Igreja baniu essa safadeza toda na arte. Nu era, então, proibido. Veio o Goya e pintou uma mulher bem real, deitada na cama com carinha de quem está gostando demais, e com pelos pubianos – o que era completamente profano e herege e etc. É claro que o clero não aprovaria, então a pintura ficou meio secreta ao longo de toda a vida do artista espanhol. Tem até uma versão da pintura que mostra exatamente a mesma mulher, só que vestida. Vai que alguém descobria, né.

 

8. Sete banhistas (Paul Cézanne, 1900)

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Cézanne tem várias telas que mostram pessoas seminuas (ou peladonas mesmo) perto de cursos d’água. Os personagens retratados geralmente são mulheres. Mas, nesse caso, ele decidiu pintar homens. Alguns dos corpos são meio ambíguos, sem formas definidas – o artista não estava tão interessado em ser realista. Apesar de Cézanne ter outras obras mais explícitas, a atmosfera erótica que emana desta aqui é inegável.

 

9. Mulher se masturbando (Gustav Klimt, 1916)

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Não dava para esperar outra coisa de um cara cuja tela mais famosa se chama “O beijo”: Klimt curtia falar de amor e sexo em seus quadros. Mas nenhum outro vai tão direto ao ponto quanto este.

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10. Leda e o cisne (Peter Paul Rubens, réplica de uma obra de Michelangelo)

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O povo do século 17 era tão cheio de tabus que imagens de sexo entre pessoas eram consideradas pornografia pesada, mas uma cena muito íntima entre uma mulher e uma ave não era tão problemática assim… A pintura é baseada no mito grego em que Zeus seduz uma moça “disfarçado” de cisne.

 

11. O jardim das delícias terrenas (Hieronymus Bosch, 1504)

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Essa imagem faz parte de uma tela em três partes, que mostram a história do Mundo. Tem vários elementos meio difíceis de entender, umas formas de outro mundo, umas coisas que parecem não fazer muito sentido. Mas, se você olhar direitinho, tem vááários detalhes bem explícitos: um monte de gente nua junta, em duplas, grupos, de cabeça pra baixo, abraçadas. Tem bichos, sereias, cenas de amor interraciais (lembrem-se, estamos no século 16, qualquer coisa é tabu), plantas, etc. Aparentemente, o jardim das delícias terrenas é uma grande orgia.

 

E aí? Lembra de alguma outra obra de arte erótica? Conte pra nós nos comentários – e deixe uma foto da obra de arte. Tem tanta pintura por aí com inspirações eróticas que talvez renda uma nova lista.

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