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9 coisas que você precisa saber sobre raios

Por Luíza Antunes
Atualizado em 15 ago 2018, 11h19 - Publicado em 28 jan 2014, 18h07

Entre 2011 e 2017, caíram no Brasil quase 78 milhões de raios, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Muitos deles, infelizmente, foram fatais – para se ter ideia, a cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre por aqui. Daí a importância de se informar melhor sobre descargas elétricas. A seguir, esclarecemos nove pontos importantes:

1. A diferença entre raios, relâmpagos e trovões

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Muita gente já sabe essa resposta, mas não custa recapitular. Os raios são uma descarga elétrica que ocorre entre as nuvens e o solo (ou entre uma nuvem e outra), em decorrência da polarização das primeiras, por conta de uma tempestade, por exemplo. O relâmpago é o clarão que a gente vê, devido à rápida movimentação dos elétrons. Como eles se movem muito rápido, também se aquecem, gerando barulho, no caso, trovão.

2. Vulcões e tempestades de areia também podem gerar raios e relâmpagos

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Durante a erupção de um vulcão, as partículas entram em atrito e criam cargas elétricas. O mesmo acontece com tempestades de areia e de neve, e até mesmo bombas termonucleares, detonadas em solo. Essas cargas elétricas geram descargas, que costumam ser menos intensas do que a de uma tempestade, mas ainda assim, podem gerar relâmpagos e entrar em contato com o solo, criando raios.

3. O Brasil é o país onde caem mais raios no mundo

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Raios são mais comuns em locais de clima tropical. A cidade que mais recebe raios no mundo é Kifuka, na República Democrática do Congo. Mas, dada a extensão territorial do Brasil, é nosso país o campeão mundial na incidência de raios: são cerca de 57,8 milhões de ocorrências por ano. Para piorar, o aquecimento global e a urbanização contribuem para aumentar o fenômeno. Os cientistas do ELAT já verificaram o aumento das ocorrências nas grandes cidades, em relação às últimas décadas.

Saiba mais:
Brasil – O país dos 100 milhões de raios

4. A temperatura de um relâmpago equivale a 5 vezes a temperatura solar

A temperatura de um relâmpago chega até 30 mil graus Celsius, enquanto a temperatura da superfície solar é de cerca de 5.800 graus. É o aquecimento do ar, de uma forma tão abrupta, que gera o barulho dos trovões.

5. Um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar

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Apesar de a expressão dizer o contrário, os raios de fato caem mais de uma vez no mesmo lugar. Aliás, eles podem até cair repetidas vezes num ponto específico. Duvida? Pois tome como exemplo o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que todos os anos é atingido por uma média de 6 raios.

Saiba mais: Mito: Raios não caem duas vezes no mesmo lugar

6. Como calcular a distância de um raio com o som

O barulho do trovão demora um tempo para chegar até nós, já que a velocidade da luz é bem maior do que a do som. Para saber mais ou menos a que distância um raio está de você, conte o tempo em segundos, do momento em que ver a luz do relâmpago até quando ouvir o som do trovão. Divida esse número por três e o resultado será aproximadamente a quantos quilômetros o raio caiu.

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7. Como sobreviver à uma tempestade de raios

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A maior parte das mortes causadas por raios não acontece quando o dito cujo atinge a cabeça da pessoa, mas sim em decorrência da potência da descarga elétrica. Em locais abertos, você estará muito exposto. O raio costuma cair num ponto mais alto, onde as cargas positivas tendem a se acumular. No meio de um descampado, o ponto mais alto é você. Ficar dentro (ou perto) d’água, no mar ou piscina, durante uma tempestade, também é a pior das ideias. A água é condutora de eletricidade e com isso as suas chances de ser atingido e morrer são grandes. Uma simples tenda ou árvore pode até te proteger da chuva, mas certamente não vai te proteger dos raios. Com isso, evite ficar embaixo de uma árvore, porque além dela correr mais risco de ser atingida, ela também pode cair por conta da chuva e vento.

Os lugares mais seguros são dentro de casa ou de um prédio, desde que você fique longe das janelas ou portas, e também de condutores de energia, como telefones com fio (celular é seguro), canos e metais em geral, além de equipamentos eletrodomésticos, como TV ou ar condicionado, ligados. Durante uma tempestade, tire os aparelhos da tomada e  fique longe do perigo até passar. Segundo o ELAT, 15% das mortes decorrentes de raios ocorrem com as pessoas dentro de casa.

Ficar dentro do carro também é uma opção segura. Isso porque a estrutura metálica do carro serve como isolante elétrico para quem está dentro. Mas se você estiver do lado de fora de um carro ou perto de uma moto, a situação fica bem perigosa.

8. O que acontece se um raio atinge o avião em que você está

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Apesar da pouca chance de isso acontecer, o mais provável é que aconteça com o avião o que acontece com os carros. Ou seja: nada. A estrutura de metal da aeronave funciona como uma blindagem para quem está dentro. Mas e as turbinas e tanques de combustíveis? Bem, elas são protegidas com uma dupla camada de metal, para garantir a segurança do voo. O momento mais vulnerável que o avião enfrenta é durante pousos e decolagens, quando está em altitude abaixo de 1800 metros. Mas não se preocupe (muito). Em geral, os aeroportos fecham em condições climáticas adversas que podem comprometer a segurança dos passageiros.

Saiba mais: 
O que acontece se uma aeronave receber um raio em pleno voo?

9. Raios podem ter participado do processo que originou a vida na Terra

Apesar de assustadores, os raios podem ter sido o motivo que todos nós existimos hoje. Há 3 bilhões de anos, a atmosfera da Terra ainda estava em formação e os raios e relâmpagos eram bem mais intensos. Podem ter sido eles os responsáveis pela quebra de moléculas de amônia, metano, hidrogênio e vapor d’água, o que gerou a formação dos primeiros aminoácidos.

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