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Como a Esfinge perdeu seu nariz?

A mutilação ocorreu no século 14, e foi fruto de intolerância religiosa.

Por Oráculo
Atualizado em 2 set 2020, 11h36 - Publicado em 28 jun 2016, 14h08

O culpado teria sido Muhammad Sa’im al-Dahr, um sufi (adepto de uma vertente mística do Islã) que viveu no Egito por volta de 1378. A destruição teria sido produto de intolerância religiosa: ao avistar oferendas de camponeses para a esfinge de Gizé, o sufi teria destroçado o nariz da escultura por considerar que o culto àquele monumento era contrário aos preceitos muçulmanos.

Nada muito diferente do que o Estado Islâmico fez com as ruínas da cidade assíria de Nínive e o sítio arqueológico de Palmira durante as tensões mais recentes no Oriente Médio. Destruir artefatos históricos foi uma demonstração recorrente de fanatismo religioso e autoritarismo ao longo da história.

Embora muitos relatos apontem as tropas de Napoleão como responsáveis pela falta do nariz, há vestígios históricos – inclusive um desenho do explorador britânico Frederic Norden – que apresentam uma esfinge mutilada antes da Era de Napô.

Fonte: Moacir Santos, doutor em História Antiga e diretor do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso.

 

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