A vida como ela será
Transformações que o homem impôs ao ambiente vão determinar o jogo da evolução nos próximos milhões de anos. Eis o que a ciência diz sobre o futuro da vida sobre a terra.
Jerônimo Teixeira
Daqui a mais ou menos 1 bilhão de anos, a Terra não será mais habitável. No limite do seu material combustível, o Sol estará se expandindo. A elevação da temperatura no terceiro planeta do sistema solar tornará inviável a sobrevivência de qualquer criatura. Isso significa que a vida em nosso mundo já ultrapassou a meia-idade. Estamos – nós, seres vivos – mais perto do fim que do começo. No tempo que resta, que cara terá a vida sobre a Terra? Que espécies surgirão e quais estarão fadadas a desaparecer na trilha das mudanças evolucionárias? E por quanto tempo ainda viveremos – nós, seres humanos – para presenciar essas mudanças?
Não há resposta segura para tais perguntas. Qualquer cientista criterioso dirá que projeções são quase impossíveis em um processo tão complexo como é a evolução. “É muito difícil fazer predições sobre o futuro evolucionário, porque o processo é multifatorial”, explica Francisco Salzano, professor de genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ou seja, os seres vivos mudam segundo fatores intrínsecos (basicamente, ligados ao seu repertório genético) e extrínsecos (em especial, aqueles relacionados ao meio ambiente). Entre essas duas ordens de fatores, há muito lugar para acidentes imprevisíveis. É o caso, por exemplo, do meteoro que, segundo a hipótese mais aceita, acabou com o reinado dos dinossauros há 65 milhões de anos.
Algumas tendências, no entanto, podem ser identificadas a partir do que vemos acontecer hoje. A principal força evolucionária em ação sobre o planeta atualmente é o ser humano. O homem extermina animais selvagens e cria cada vez mais gado. Devasta florestas inteiras e delimita reservas naturais. Sua habilidade tecnológica e cultural conquistou uma posição virtualmente absoluta sobre as demais espécies. Seus pouquíssimos inimigos naturais não são predadores, mas parasitas que precisam dele para sobreviver e se propagar – basta pensar no rato ou no vírus HIV.
Sobretudo, o ser humano tem colocado em prática uma das mais poderosas forças evolucionárias: a extinção. Nossa breve porém industriosa passagem pela Terra produziu uma lista extensa de perdedores e um seleto grupo de vencedores. É examinando essas duas categorias que podemos descobrir pistas sobre o futuro da evolução no planeta.
Perdedores
Há muitas discrepâncias nos dados sobre taxas de extinção. Na verdade, não há sequer uma estimativa confiável do número de espécies existentes hoje. Registradas e classificadas cientificamente, são cerca de 1,6 milhão. É certo que a variedade biológica do planeta excede bastante esse número modesto. Alguns biólogos falam em até 50 milhões. Outros, mais cautelosos, apresentam estimativas entre cinco ou 15 milhões. Em qualquer caso, podemos estar certos de que muitas espécies estão sendo exterminadas sem nem sequer terem sido estudadas pelos cientistas.
No livro Future Evolution (“Evolução futura”, inédito no Brasil), o paleontólogo Peter Ward, da Universidade de Washington, em Seattle, Estados Unidos, apresenta um apanhado dos diversos cálculos já propostos para aferir a biodiversidade e os perigos que a cercam. É um terreno ainda impreciso, mas uma coisa é certa: a variedade da vida sobre a Terra está diminuindo. De modo geral, os analistas concordam em que pelo menos metade das espécies de hoje já não existirá em 2100. Nem é preciso dizer que o ser humano é o responsável por essas extinções.
A vida selvagem é a grande perdedora. Mesmo que consigamos conservar o pouco que restou de florestas e outros hábitats naturais – o que é muito improvável já que o crescimento populacional tende a exercer uma pressão cada vez maior sobre esses espaços –, em grande parte eles serão museus vivos, reunindo criaturas condenadas. A situação é ainda mais delicada para os animais de grande porte, que precisam de largos espaços para se propagar.
Ward acredita que estamos assistindo apenas ao desfecho de um processo de extinção que começou há pelo menos 50 mil anos. Seria o lance final no desaparecimento dos megamamíferos, que se intensificou principalmente depois do final da Era do Gelo, há cerca de 12 mil anos. Ainda não há consenso sobre a causa dessas extinções. Alguns cientistas acreditam que as mudanças climáticas levaram esses gigantes à morte. Outros atribuem seu desaparecimento às caçadas promovidas por grupos humanos. O que parece certo é que animais da dimensão do mastodonte ou do mamute – parente próximo dos elefantes que conhecemos – não voltarão a caminhar sobre o planeta. Já foi observado que espécies de grande porte nunca surgiram em ilhas. Animais gigantes exigem grandes espaços territoriais para se desenvolverem. As poucas zonas de vida selvagem que ainda subsistem hoje funcionam ecologicamente como ilhas. São pequenas manchas verdes espremidas entre grandes extensões de campos cultivados e cortadas por rodovias.
Muito argumento de filme B morre aqui. Nenhum crocodilo gigantesco vai sair dos canais de esgoto para derrubar prédios e mastigar carros inteiros. Outra fantasia recorrente que carece de fundamento é a do predador de seres humanos. Piranhas aladas e tubarões inteligentes estão condenados desde sempre a subsistir apenas nas telas de cinema. “É muito difícil pensar em um cenário no qual pudesse surgir uma fera que se alimentasse de humanos. Historicamente, o homem tem mostrado grande habilidade para identificar e eliminar opositores”, diz o biólogo Stephen R. Palumbi, professor da Universidade de Stanford, Estados Unidos.
Em seu livro The Evolution Explosion (“A explosão da evolução”, ainda sem tradução no Brasil), Palumbi nota que também os peixes estão se tornando menores devido à ação do homem.
A pesca industrial cada vez mais intensa pode estar selecionando os indivíduos de menor porte, que têm melhores chances de escapar às redes. Será que um dia os mares serão povoados apenas por peixinhos minúsculos? “Essa parece ser a tendência”, afirma Palumbi. Mas o consumo humano não exerce pressão apenas sobre o tamanho dos animais. Velocidade também conta. Arenques e anchovas nadam, comem e se reproduzem rapidamente. São pescados às toneladas, mas a facilidade com que procriam compensa essas perdas. Outro extremo seria representado por alguns peixes de águas profundas. Palumbi fala de uma espécie de perca da costa da Patagônia. Desconhecido até algumas décadas atrás, esse peixe tornou-se muito popular nos restaurantes. O problema é que ele cresce e procria muito devagar. “Hoje em dia, ser um peixe delicioso e lento não é uma boa estratégia evolutiva”, diz Palumbi.
Ganhadores
Grandes extinções, no passado, abriram caminho para que a vida sobre a Terra ganhasse novas e inusitadas configurações. Há 250 milhões de anos, um extermínio em massa marcou o final do período Permiano, acabando com vários gêneros de animais, entre eles os dicinodontes, répteis com certo jeitão de mamíferos. Depois de alguns milhões de anos, novos gêneros emergiram para reclamar seu quinhão. Foi a vez dos répteis. Há 65 milhões de anos, a extinção dos dinossauros marca o final do período Cretáceo. O terreno ficou livre para os mamíferos assumirem como donos do pedaço. Os dois eventos são tão importantes que marcam não apenas o final de períodos, mas de eras geológicas – respectivamente, do Paleozóico e do Mesozóico.
As extinções provocadas pelo homem estarão limpando o campo para novas formas de vida? Norman Myers, biólogo da Universidade de Oxford, Inglaterra, acredita que não: “Sabemos que, depois das extinções em massa do passado pré-histórico, as florestas tropicais foram as grandes ‘casas de força evolucionárias’ – isto é, as regiões que mais rapidamente geraram grande número de espécies de reposição. Dessa vez, parece que nós eliminamos a maior parte, se não a totalidade, dessas casas de força”.
Se as florestas tropicais devastadas não serão mais capazes de repor a biodiversidade perdida, que alternativas restam à evolução? “A seleção natural e a especiação (formação de novas espécies) só podem trabalhar com as populações disponíveis. Se continuarmos no ritmo atual, provavelmente perderemos, num cálculo grosseiro, metade de todas as espécies no futuro próximo e talvez 90% da população das espécies”, complementa Myers.
Qualquer tentativa de projeção evolucionária precisa, portanto, tomar por base as espécies que hoje já se erguem como grandes sobreviventes. Em sua quase totalidade, os vencedores são aqueles que se adaptaram de algum modo à presença humana. No topo da lista estão os animais domesticados e as plantas que cultivamos para nosso consumo. “Mesmo que o ser humano entrasse em extinção hoje – o que não acredito que vá acontecer –, os animais domesticados venceriam. Eles estão aqui para ficar”, aposta Peter Ward. Myers cita, ainda, como mestres da sobrevivência: o rato, o pardal, as moscas e as ervas daninhas. São criaturas que, de uma forma ou de outra, adaptaram-se ao convívio humano. Vivem bem inclusive em ambientes urbanos – basta pensar na visível predominância numérica dos pardais entre as aves que vemos nas praças de grandes cidades.
É natural que pragas e parasitas freqüentem os campos que o ser humano reclamou para seu uso exclusivo. Nesse momento, uma guerra está sendo travada entre a nossa tecnologia e a seleção natural de insetos e ervas daninhas (ver box na pág. 55). Como não há nenhuma indicação de que estejamos perto da vitória, podemos afirmar que essas pragas ainda vão nos acompanhar por um longo tempo.
Em Future Evolution, Ward descreve certos grupos de seres vivos que apresentam, ao mesmo tempo, alta taxa de especiação (produzem várias espécies) e baixa taxa de extinção (cada uma dessas espécies dura muito tempo). O grande campeão é a família Colubrae – as cobras. Algumas espécies individuais podem até estar ameaçadas devido à degeneração ambiental, mas tudo indica que não deixaremos de vê-las no futuro (como, talvez, deixemos de ver baleias, por exemplo). Pelo mesmo critério, o grupo dos ratos e camundongos (que estão entre as presas preferidas das cobras) também deve durar.
O futuro, pelo jeito, vai ser definido pelo gado, pelas pragas e por pássaros feios. Esses serão os nossos companheiros nos próximos milhões de anos. “Não vamos ver nenhuma grande novidade por um longo tempo”, diz Palumbi. Myers concorda: “É improvável que o planeta restaure o presente número de espécies de plantas e animais nos próximos 5 milhões de anos. Mais grave, o tempo necessário para substituir gêneros extintos pode chegar a 10 milhões de anos e, no passado pré-histórico, famílias de espécies não foram substituídas em menos de 20 milhões de anos”. Do ponto de vista geológico, dezenas de milhões de anos podem não ser uma escala de tempo tão larga. Para nossas limitadas medidas humanas, é uma eternidade. Basta lembrar que nossa espécie só surgiu há cerca de 150 mil anos.
A nova vida que surgirá a partir de elementos tão pobres é uma incógnita. Em seu livro, Ward observa que ninguém pode prever a cor, o tamanho, o formato das espécies do futuro. Mesmo assim, ele arrisca algumas especulações para compor um cenário ao mesmo tempo fantástico e plausível. Daqui a 10 milhões de anos, a nova fauna estaria adaptada à vida nas megacidades. Novas espécies de ratos e insetos ocupariam aquele que seria o hábitat mais promissor da Terra: o depósito de lixo. Cobras estariam adaptadas a esse ambiente, fazendo suas tocas entre restos de plástico e latas para caçar a miríade de pequenos roedores. Os porcos estariam em casa nesse cenário degenerado, talvez até desenvolvam uma pequena tromba para melhor chafurdar nos lixões. Não veremos mais animais gigantescos sobre a Terra, mas isso não significa que não possam nascer pequenos monstros.
O homem
No livro de Peter Ward há um capítulo inteiro dedicado a examinar cenários que poderiam conduzir à extinção humana. É um verdadeiro catálogo de catástrofes anunciadas: guerra nuclear, aquecimento global etc. Ward parece sugerir que essas situações podem, sim, produzir catástrofes globais – mas nenhuma delas ameaçaria nossa sobrevivência enquanto espécie. O maior perigo está ainda no espaço. Um cometa ou meteoro gigantesco poderia se chocar com a Terra e provocar uma extinção em massa, como já aconteceu no final do Cenozóico. Só que os dinossauros não contavam com observatórios astronômicos e armas nucleares. Ward acredita que, em breve, teremos a tecnologia necessária para detectar e destruir qualquer corpo celeste ameaçador.
O paleontólogo aposta na perenidade do homem. Chega a dizer que, dada a posição de supremacia que assumiu sobre todas as outras criaturas do planeta, o Homo sapiens é uma espécie “à prova de extinção”. Outros cientistas são mais cautelosos. Stephen Palumbi concorda que somos providos de muitos recursos, a começar por nosso cérebro, um “mecanismo adaptativo” de primeira ordem. Mas nossa capacidade de destruição também não pode ser ignorada. “Apesar do progresso tecnológico, tenho dúvidas se estaremos realmente imunes ao destino da enorme maioria das espécies que surgiram no planeta”, afirma Francisco Salzano. Mesmo Ward não é um irremediável otimista. Você já viu como o mundo que se desenha para os próximos milhões de anos será mais pobre do ponto de vista da biodiversidade. Outras crises tão ou mais graves também estão no horizonte: superpopulação, escassez de água potável, poluição do ar etc.
Nós mesmos ainda estamos sujeitos à seleção natural? Estamos evoluindo? Muitos cientistas acreditam que a evolução humana já não se dá no terreno da biologia, mas da cultura, com regras muito diferentes. A medicina permitiu que indivíduos de constituição mais fraca e, em alguns casos, até mesmo portadores de doenças hereditárias possam viver e procriar, escapando assim da seleção natural que, no mundo selvagem, abrevia a linhagem dos geneticamente destituídos. Em The Evolution Explosion, porém, Stephen Palumbi lembra que muita gente no Terceiro Mundo ainda não foi tocada pelas benesses da civilização. Exposta à fome e a epidemias – como a Aids na África –, uma grande parte da população mundial ainda estaria sujeita aos mecanismos mais primários da evolução. Outras formas mais sutis e mesmo imperceptíveis de seleção natural podem estar atuando até entre aqueles que fazem três refeições ao dia.
Palumbi nota que, no futuro, o aumento da população mundial vai nos obrigar a viver em centros urbanos cada vez maiores. “Talvez a seleção natural opere para privilegiar os indivíduos que se adaptam melhor a grandes aglomerados”, diz o biólogo.
Dificilmente a evolução chegará ao ponto de gerar uma nova espécie a partir do ser humano. Em geral, a especiação exige que determinado grupo se isole da população global. Colocado à parte, ele vai desenvolvendo, ao longo de sucessivas gerações, características que não existiam na população original. As facilidades de transporte tornam praticamente impossível que um agrupamento humano viva em isolamento absoluto. Ward sugere uma possibilidade para tal situação: seres humanos aprimorados pela engenharia genética poderiam ser isolados não por fatores geográficos, mas por questões socioculturais. Diante dessa hipótese remota, ele prefere apostar na miscigenação humana. As variedades aparentes tenderiam a se uniformizar, com os tons de pele mais escuros ou mais claros desaparecendo gradualmente.
Vale a pena reafirmar que todas as projeções são temerárias. Inúmeros fatores podem influenciar a evolução. A engenharia genética, por exemplo, vive sua infância e ainda é cedo para saber o peso que ela terá sobre a seleção natural. “O desenvolvimento da agricultura e dos animais domésticos causou um imenso impacto no meio ambiente. Os transgênicos são apenas uma nova forma de interferência, sem dúvida mais eficiente que os métodos tradicionais”, diz Francisco. Outros cientistas temem que plantas geneticamente alteradas possam transmitir, pela hibridização, genes para outras espécies. Por esse mecanismo acidental, ervas daninhas poderiam adquirir resistência a herbicidas. “A engenharia genética hoje não está sendo desenvolvida por cientistas, mas por grandes corporações. Seus resultados sobre a evolução serão desastrosos”, diz Ward. A vida parece descobrir sempre novos meios de nos surpreender – mesmo quando somos nós mesmos que abrimos esses caminhos.
Guerra evolucionária
Não se percebe a evolução só com a passagem de períodos geológicos. A seleção natural cabe no calendário que você mudou há poucos dias. Neste exato momento, o homem está travando uma guerra evolucionária. As criaturas que desejaríamos eliminar estão descobrindo recursos para resistir aos nossos ataques bioquímicos e passando essa capacidade a seus descendentes. Um dos exemplos mais visíveis e conhecidos é a revolução dos inseticidas. Em 1948, quando Paul Müller ganhava o Nobel de Medicina pela invenção do DDT, a Europa já conhecia muitas variedades de moscas resistentes a esse veneno. Mesmo assim, no final dos anos 50, um programa de erradicação da malária da ONU espalhou 400 mil toneladas de DDT pelo mundo. Estima-se que isso tenha salvo entre 15 e 25 milhões de vidas, mas o objetivo final não foi alcançado: o transmissor da malária continua vivo e imune ao DDT.
Hoje contamos com inseticidas melhores e menos danosos ao ambiente, como organofosfatos e compostos à base de Bt, toxina extraída de uma bactéria. Mas nenhum deles é imbatível. O mesmo vale para os herbicidas: o novo químico que promete acabar com as ervas daninhas é superado em pouco tempo pela resistência do inço. Usar sempre o mesmo produto favorece a seleção, pois quem sobrevive propaga o gene vencedor . Por sorte, a resistência também cobra seu preço: o inseto cuja formação genética garante imunidade a certa droga talvez venha a crescer ou a se reproduzir mais lentamente que seu primo que não herdou o gene. A seleção natural, porém, vai aos poucos refinando seus ganhos. Os cientistas não descartam nem o surgimento de superinsetos, resistentes a todo tipo de químico sem desvantagens orgânicas. “No futuro, talvez tenhamos que inventar meios mecânicos para matá-los”, sugere Peter Ward, da Universidade de Washington. A situação é ainda pior vista pelo microscópio.
As infecções renitentes são o terror das UTIs. Produzimos antibióticos cada vez mais poderosos e as bactérias, em contrapartida, evoluem mais rápido para desenvolver resistência, o que, por sua vez, aumenta a pressão sobre a pesquisa médica. Os cientistas têm uma elegante analogia literária para explicar esse processo evolucionário: em nossa disputa com as bactérias, agimos como a Rainha Vermelha, uma das fantásticas criações de Lewis Carroll. Personagem de Através do Espelho, livro que dá seqüência a Alice no País das Maravilhas, a rainha é obrigada a correr para permanecer no mesmo lugar.
Para saber mais
NA LIVRARIA:
The Evolution Explosion,
Stephen R. Palumbi. Norton Books, 2001
Future Evolution,
Peter Ward, com ilustrações de Alexis Rockman. Times Books, 2001