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Assim os animais dizem “te amo”

Animais costumam misturar ternura e agressividade em seu relacionamento amoroso. É a sábia Natureza que os faz assim, para garantir que as espécies se reproduzam e sobrevivam. E os obriga a estranhos rituais, marcados por lutas de vida e morte, fantásticos truques de sedução, cuidados com as crias.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 13 nov 2009, 22h00

O amor e o ódio se tocam. O primeiro pode, inesperadamente, transformar-se no segundo, e vice-versa. E no reino animal esta máxima toma a força de uma quase lei. Quem já teve a oportunidade de presenciar os jogos amorosos de um casal de rinocerontes, por exemplo, certamente percebeu isto: macho e fêmea dão encontrões violentos, vezes e vezes seguidas, como se estivessem fazendo a guerra não o amor. Mas quando livres de sua agressividade, tudo se transforma.

Tal como entre humanos, entre os bichos também não é fácil a vida de um macho conquistador. Dele se espera que seja corajoso, fisicamente forte e dono de uma extraordinária imaginação. Pois quase sempre, para chegar ao acasalamento, ele precisará passar por provas complicadas, sendo obrigado a cantar de forma especial ou a exibir plumagens elegantes, perfumes sedutores, praticar gestos que em qualquer outra situação pareceriam ridículos.

Mais comum é ele precisar enfrentar batalhas de vida ou morte com outros machos interessados na mesma namorada, ou então com a própria eleita de seu coração. Veja-se o que acontece com o tigre, por exemplo. Para chegar ao acasalamento, o macho precisa de uma grande paciência para acalmar a fêmea, que rosna, negaceia, dá-lhe patadas. Uma vez consumada a fecundação, ele precisará fugir rapidamente, por a companheira terá uma invencível vontade de matá-lo. E, ainda assim, se o herói for persistente, acabará por estabelecer com essa parceira uma relação duradoura, capaz de produzir muitos outros tigrezinhos no futuro – e outras tantas ameaças de assassínio.

Um romance entre aranha poderia ter final parecido se o macho, em geral menor e mais fraco, não tomasse o cuidado de se apresentar à sua eleita com um presente elegante – um petisco qualquer para saciar seu apetite. Rãs, ao contrário, são mais românticas e sexualmente liberadas. Ao macho, basta manifestar seu desejo coaxando de uma forma especial; se a resposta vier no mesmo tom, tudo bem. Ele precisará então arranjar um companheiro, pois os encontros amorosos da espécie são sempre festivos, coloridos e coletivos.


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Os mansos formam rebanhos, os bravos formam casais.

Mas o traço mais característico e comum do amor entre animais é a agressividade. Que não é gratuita nem questão de temperamento, apenas, mas tem profunda significação. Ela se destina tanto a proteger um território onde apenas um macho deve reinar soberano, como a selecionar os mais fortes da espécie, para que apenas eles reproduzam filhotes igualmente fortes; ou, finalmente, a proteger as crias, que jamais podem se confundir com as crias de outro casal. Leões e leoas são assim. Bravos e mal-humorados com os estranhos, fazem tudo para defender seu território e suas crias.

Essa agressividade, portanto, é indispensável para garantir a sobrevivência das espécies. Mas, se não sofrem algum tipo de controle, podem levar também ao caos e ao extermínio. Por isso mesmo a natureza costuma dotar os animais de bloqueios para evitar que sua disposição para a luta não ultrapasse os limites da conveniência. E é surpreendente verificar como a forma de vida das diferentes espécies está relacionada com a agressividade dos seus membros. Se machos e fêmeas são pacíficos, formarão colônias; se só o macho é agressivo, formarão haréns; se ambos são agressivos, formarão um par capaz de manter uma longa união monogâmica.

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