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China lança missão para recolher rochas da Lua – a primeira desde 1976

A sonda Chang’e 5, que deve atingir a órbita lunar em uma semana, pretende extrair 2 quilos de amostras de solo. Entenda.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 24 nov 2020, 17h21 - Publicado em 24 nov 2020, 16h39
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  • Nesta segunda-feira (23), a China lançou uma de suas missões espaciais mais importantes da história. A espaçonave Chang’e 5 partiu em direção à Lua para recolher amostras de poeira e rochas do local. A última missão desse tipo ocorreu em 1976, quando a sonda Luna 24, da União Soviética, trouxe 170 gramas de solo lunar para a Terra. Você pode assistir ao lançamento no vídeo abaixo.

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    Não há tripulantes a bordo da Chang’e 5 – ela está sendo controlada daqui da Terra. Se a missão for bem sucedida, a China se tornará a terceira nação a recolher amostras da Lua, além de trazer novo material de pesquisa em mais de 40 anos.

    A espaçonave vai pousar na região norte do Oceano das Tormentas (Oceanus Procellarum) dentro de uma semana. Outros robôs soviéticos e americanos também já estiveram nessa região na década de 1960. A missão Apollo 12 levou três astronautas para o local em 1969.

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    Apesar do nome, não há nenhum oceano por lá – o termo designa uma área grande e escura da superfície lunar. Os cientistas estão interessados na atividade vulcânica que ocorreu na região há bilhões de anos. A Chang’e 5 deve pousar próximo ao Mons Rümker, uma formação vulcânica de 1,3 mil metros de altura.

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    A missão espera recolher dois quilos de rochas de formação recente, entre 1,2 e 2 bilhões de anos. A missão Apollo, que enviou diversas espaçonaves para a Lua entre 1969 e 1972, trouxe mais de 380 quilos de rochas. No entanto, elas são de formação mais antiga, de 3,1 a 4,4 bilhões de anos atrás.

    As últimas amostras recolhidas, tanto da União Soviética quanto dos Estados Unidos, permitiram avanços importantes na compreensão da história do nosso satélite natural e do Sistema Solar. Essas rochas revelam que a Lua já esteve coberta de magma, e ajudaram a formular teorias sobre como ela foi formada.

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    Os cientistas esperam ter ainda mais insumos para pesquisa com as rochas da missão chinesa – como e quando houve atividade vulcânica naquela região da Lua, por exemplo. A Mons Rümker possui uma área coberta de basalto (rocha formada pelo resfriamento de lava) sem muitas crateras, o que indica que sua formação é relativamente recente.

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    Quando chegar a órbita da Lua, em aproximadamente uma semana, a espaçonave deve se dividir em duas partes. Uma delas desce para cavar o solo, enquanto a outra continua em órbita. O equipamento deve fazer toda a coleta durante um dia lunar (o que equivale a 14 dias terrestres). O tempo curto tem um motivo: ele não foi projetado para aguentar as temperaturas congelantes da noite. Saberemos se toda a missão foi bem sucedida em dentro de um mês.

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    É bom lembrar que a decolagem, que ocorreu na segunda-feira (23), não é garantia do sucesso da missão. Em 2019, naves da Índia e Israel tentaram pousar na Lua, mas caíram e quebraram durante a alunagem. 

    Chang’e 5 é a quinta espaçonave da missão chinesa. A primeira fase da operação, que começou em 2007, enviou Chang’e 1 e 2 para a órbita da Lua. A segunda fase enviou Chang’e 3 (em 2013) e Chang’e 4 (em 2019) para pousar e explorar o lado oculto da Lua, que não pode ser observado a partir da Terra porque está sempre virado “para trás”. A terceira fase, agora em curso, pretende trazer as amostras com o Chang’e 5 em 2020 e Chang’e 6 em 2023 ou 2024. A quarta fase deve explorar o polo sul da Lua.

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