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Cientistas descobrem como medir otimismo – em galinhas

Experiências contra o stress revelam que frangos preferem ambientes positivos

Por Ingrid Luisa
9 abr 2018, 13h07

Viver em um ambiente diverso, inclusivo e com uma visão otimista da vida faz bem para todo mundo – inclusive para as galinhas. O stress é algo constante no cotidiano dos frangos (por viverem encarcerados em granjas), e pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, descobriram que aqueles que vivem em ambientes mais “leves” reagem melhor a esse problema que aqueles submetidos a lugares “sérios”, estéreis. Mas, para descobrirem isso, primeiro foi preciso medir o humor dessas aves.

Mas, afinal, como se mede o otimismo das galinhas? Os cientistas criaram um método curioso: eles ensinaram a pintinhos a diferença entre preto e branco, com uma das duas cores contendo uma recompensa – em um processo conhecido como aprendizagem associativa. Depois disso, expuseram as aves a tons de cinza para ver como eles reagiriam: os pintinhos que ficaram “alegres”, ou seja, que reagiram da mesma forma com a cor recompensadora, eram considerados otimistas – achavam que receberiam a recompensa da mesma forma. Já aqueles que reagiam “mal”, como com a cor sem prêmio, foram considerados “pessimistas” – achavam que aquela cor não daria recompensa nenhuma.

É um método comparável ao nosso copo meio cheio versus copo meio vazio, só que com cores e galinhas. E foi certeiro: ao medirem a quantidade de dopamina (substância associada a prazer e bem-estar) desses frangos, os considerados otimistas apresentaram grau bem maior de dopamina que seus colegas pessimistas.

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Após terem descoberto quais galinhas eram otimistas, os cientistas queriam saber como o ambiente em que elas viviam influenciava na manutenção desse otimismo sob o efeito de stress. “Nesse estudo, queríamos investigar como o stress influencia o otimismo e se um ambiente mais complexo durante o desenvolvimento pode amortecer e neutralizar os efeitos negativos desse stress”, explicou Hanne Lovlie, chefe das pesquisas.

Para medir isso, os pesquisadores criaram um ambiente bem estressante: moviam objetos ao redor dos animais e os expunham a intervalos irregulares de luzes e sons. A partir daí, detectaram que as galinhas que vivem em ambientes mais variados, estimulantes e espaçosos não perdiam seu otimismo, apesar do stress. Já as que estavam em ambientes mais tradicionais, não suportavam a pressão. “Se uma galinha pode se esconder sob alguma coisa ou se empoleirar em algum lugar, ela pode gerenciar melhor uma situação estressante. Acreditamos que a possibilidade de controlar melhor a situação fez com que esses indivíduos mantivessem o otimismo, mesmo depois de um período de maior stress”, disse a pesquisadora Josefina Zidar.

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