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Cientistas descobrem (de novo) planeta que pode abrigar vida

40% maior que a Terra, LHS1140b pode ser nossa melhor chance de encontrar vida

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 abr 2017, 20h47

A gente sabe, falar que um novo planeta foi descoberto não é exatamente uma novidade. Só na SUPER a gente já falou sobre isso nessa, nessa e nessa ocasião (apenas pra citar alguns exemplos). Mas isso não tira a importância dessas descobertas, principalmente da que vamos explicar agora. Afinal, o novo planeta do nosso mapa é um dos que tem mais chance de abrigar vida fora da Terra.

O planeta é chamado de LHS1140b, e assim como os planetas descobertos pela Nasa na região de TRAPPIST–1, em fevereiro, ele está a 39 anos-luz daqui (aproximadamente 368 trilhões quilômetros da Terra). Não se assuste com o numerão: isso é relativamente perto. Torna possível, por exemplo, uma exploração utilizando sondas. Não à toa, esse é exatamente o plano: a Nasa está planejando lançar no ano que vem o Telescópio Espacial James Webb, e a nova descoberta, que possui 140 vezes o tamanho da Terra, já se tornou um dos destino favoritos para a missão. O objetivo da expedição não tripulada é estudar exoplanetas, aqueles que não orbitam o nosso sol – e que poderiam abrigar vida.

“Esse é o exoplaneta mais empolgante que eu vi na última década. A descoberta está ainda melhor localizada do que os planetas de TRAPPIST–1, ou de Próxima b”, afirmou Jason Dittmann, astrônomo do Centro Atrofísico Harvard-Smithsonian e pesquisador chefe do estudo. “Dificilmente dá para esperar um alvo melhor para explorar uma das maiores questões da ciência: a busca pela vida fora da Terra.”

As chances de encontrarmos algum tipo de vida lá são boas. Isso se deve, basicamente, à localização do planeta. Ele fica no que cientistas chamam de “zona habitável”: a distância entre o planeta e a estrela mais próxima (que nesse caso chama LHS1140 – sem o “b”) permitiria que ele mantivesse água em sua superfície, caso exista uma atmosfera no planeta.  Isso não significa, porém, que o planeta está longe daquele sol que chama de seu. Na verdade, LHS está 10 vezes mais perto de sua estrela do que a Terra está do Sol, mas sua radiação é menor, de modo que nossos novos vizinhos recebem metade da luz solar que nós aqui na Terra.

Se tudo der certo, em pouco tempo teremos menos notícias sobre qual será o primeiro planeta com vida fora de Terra – e mais sobre quem são os habitantes de lá. A nova aposta do meio científico? São os LHS-1140-bianos.

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