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Cientistas querem misturar vacinas de Covid-19 para testar aumento de eficácia

Pesquisadores britânicos acreditam que doses combinadas de imunizantes da Pfizer, Oxford e Moderna possam melhorar resposta imunológica do organismo. Entenda.

Por Carolina Fioratti
8 dez 2020, 16h34

Foram meses de espera, mas as primeiras doses de um imunizante para Covid-19 finalmente começaram a ser distribuídas. A vacinação em massa teve início no Reino Unido nesta terça-feira (8). As primeiras farmacêuticas a terem seu produto aprovado no país – e no ocidente –  foram a americana Pfizer e a alemã BioNTech, que produzem a vacina em conjunto. 

O imunizante deve ser oferecido em duas doses de 0,3 mL, com um intervalo de 21 dias entre cada uma elas. Apesar de o método já ter demonstrado 95% de eficácia contra o Sars-CoV-2, autoridades do governo britânico acreditam que o valor possa ser ainda maior se houver a combinação entre diferentes vacinas. Funcionaria assim: ao invés de duas doses da vacina da Pfizer, seria oferecida apenas uma dose, com a segunda sendo proveniente de outro laboratório – ou vice-versa. 

Essa técnica, conhecida como prime-boost heterólogo, nunca foi testada. Cientistas, porém, acreditam que ela possa ser feita devido ao alto número de vacinas seguras disponíveis. Idealmente, os ensaios devem começar em janeiro de 2021, mas tudo vai depender da regulamentação de outras vacinas envolvidas, já que elas precisam estar licenciadas para serem aplicadas nos testes. 

Uma delas é a vacina de Oxford, produzida em parceria com o laboratório AstraZeneca, que teve seus resultados publicados hoje (8) na revista científica The Lancet. Como já havia sido mostrado em resultados preliminares, sua eficácia foi de 62,1% entre o maior grupo que recebeu duas doses e de 90% em um grupo menor, que recebeu também duas doses, mas a primeira pela metade. O oferecimento de uma dose baixa foi acidental e ainda não se sabe como a quantidade do composto influencia nos resultados. De toda forma, a aprovação da vacina é esperada para as próximas semanas. 

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Outra que deve entrar nos ensaios é a vacina da Moderna, uma empresa de biotecnologia americana. Ela demonstrou eficácia de 95% na proteção contra o vírus em resultados preliminares, assim como a vacina da Pfizer. Estas duas são vacinas de mRNA, que utilizam uma versão sintética de material genético do Sars-CoV-2 para ensinar o corpo a combater a infecção, estimulando uma maior produção de anticorpos.

A vacina de Oxford, no entanto, é uma vacina de vetor viral – ou seja, utiliza um vírus geneticamente modificado que, apesar de não causar infecção, produz proteínas que geram em uma maior resposta celular contra o coronavírus. A ideia é que, juntando os imunizantes de tecnologias diferentes, ocorra um fortalecimento do sistema imunológico.

Até o momento, o governo britânico encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer e 100 milhões da versão feita na Universidade Oxford. As autoridades reforçam que a mistura de doses não é um plano para poupar vacinas, mas sim uma tentativa de aumentar a proteção da população. 

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