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Cientistas transformam babosa em um supercapacitor

A plantinha que você usa para enfeitar seu quarto pode ser usada para armazenar energia, como uma bateria natural – depois de uns implantes, claro.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 3 jan 2024, 18h19 - Publicado em 3 jan 2024, 18h15
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  • Também conhecida como Aloe vera, a babosa é uma planta usada para diversos fins medicinais e cosméticos. Ela é parte de cremes hidratantes, loções para pele, produtos para cabelo e pomadas para queimaduras. Além de ser uma boa decoração interior como planta de vaso.

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    Mas uma utilidade menos usual da babosa é como supercapacitor, um dispositivo que armazena energia como uma bateria, mas faz a troca de energia mais rapidamente. 

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    Um grupo de pesquisadores chineses construiu um aparelho desse tipo usando apenas partes da babosa – o único material adicional foi um fio de ouro. O supercapacitor também pode ser instalado dentro de uma planta viva, para alimentar luzes ou carregar pequenos dispositivos. A pesquisa foi publicada no periódico Small.

    Baterias vs. Supercapacitores

     

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    Uma bateria possui três componentes importantes: dois terminais elétricos, um positivo e o outro negativo, chamados de eletrodos, que podem ser feitos de diferentes metais; e o eletrólito, um meio químico entre os dois.

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    Quando um dispositivo é conectado, as reações na bateria transformam essa energia química em energia elétrica. Mais especificamente, o eletrodo negativo vai transferir elétrons para o lado positivo, e esse fluxo gera uma corrente elétrica. É assim que a bateria de íons de lítio do seu celular funciona, por exemplo.

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    Já os capacitores são diferentes. Eles são formados por dois eletrodos em formato de placas, que são imersas também em um eletrólito, mas separadas por uma membrana. Quando uma tensão é aplicada ao capacitor, os íons positivos do eletrólito se acumulam na placa negativa, enquanto a placa positiva acumula os íons negativos – os opostos se atraem.

    A membrana entre as placas impede que esses íons carregados completem a viagem. Essa separação de cargas cria um campo elétrico entre as placas, o que carrega o capacitor. As duas placas podem manter essa energia por bastante tempo, e liberá-la muito rapidamente quando necessário. Supercapacitores são capacitores que podem armazenar cargas muito grandes.

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    Babosa eletrônica

    Para fazer os eletrodos, os cientistas esquentaram a casca da babosa, a parte externa da folha, a altas temperaturas. A partir do carvão ativado que restou, eles fizeram as placas. A gosma viscosa do interior da planta foi congelada para fazer um aerogel, que atuou como eletrólito condutor de energia.

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    O pequeno supercapacitor, com 4 milímetros de diâmetro, foi instalado dentro de plantas vivas – a própria babosa, cactos bola de ouro (Echinocactus grusonii) e suculentas (Pachyphytum oviferum). Os pesquisadores então usaram painéis solares para carregar os capacitores das plantas ou, segundo seu artigo, as e-plantas.

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    Ilustração esquemática do processo de armazenamento de energia de plantas suculentas
    Os pesquisadores implementaram o supercapacitor dentro de plantas vivas. Depois de carregadas por energia solar, elas podiam fornecer energia elétrica para luzes e pequenos eletrônicos. (Wiley-VCH GmbH 2023 / Biblioteca Online Wiley/Reprodução)

    Com a energia acumulada, as “plantas eletrônicas” conseguiram servir como fonte de energia para pequenas lâmpadas e relógios digitais. Por ora, sua capacidade de armazenamento limitada é suficiente apenas para isso, dispositivos de baixo consumo de energia.

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