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“Cometa verde” faz sua maior aproximação com a Terra nesta quinta (2)

É a primeira vez em 50 mil anos que isso acontece. Saiba como encontrar o cometa no céu - ou como assistir à visita online.

Por Luisa Costa
Atualizado em 1 fev 2023, 17h18 - Publicado em 1 fev 2023, 17h18

Um cometa de cauda verde está passando pelas redondezas do nosso planeta. Será a primeira vez em 50 mil anos que isso acontece; da última vez, os neandertais (hominídeos extintos há 37,5 mil anos) ainda estavam por aqui. No Hemisfério Sul, o cometa será visível a partir desta noite (1) até por volta do dia 10.

O cometa fez sua maior aproximação com o Sol no último dia 12, quando chegou a 166 milhões de quilômetros da estrela, e deve chegar “perto” da Terra nesta quinta-feira (2). Os astrônomos estimam que, neste dia, ele passará a 42 milhões de quilômetros de nós – aproximadamente 110 vezes a distância daqui até a Lua.

O nome do cometa é C/2022 E3, e ele foi descoberto em março de 2022 por astrônomos que usavam um telescópio na Montanha Palomar, na Califórnia (Estados Unidos). Trata-se de um aglomerado de poeira e gases congelados que teria se originado da Nuvem de Oort – assim batizada em homenagem ao astrônomo holandês Jan Hendrik Oort (1900-1992), que demonstrou sua existência.

A Nuvem, uma coleção de pequenos corpos gelados, teria se formado nos primórdios do Sistema Solar. Ela existe bem distante de nós, a mais de mil unidades astronômicas daqui – ou seja, mil vezes a distância entre a Terra e o Sol. Seria a fonte da maioria dos cometas de longo período (que levam mais de 200 anos para orbitar o Sol) já observados.

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O brilho verde que aparece ao redor do cometa é uma característica interessante, mas não exclusiva, do C/2022 E3. Os astrônomos acreditam que é o resultado da interação entre a luz do sol e o carbono diatômico, uma forma instável e gasosa desse elemento, que surge no cometa quando ele se aproxima da estrela.

Mas você não deve enxergar o brilho verde quando procurar o C/2022 pelo céu, porque o olho humano não é sensível o suficiente para captar o fenômeno – isso só é possível com a longa exposição de uma câmera fotográfica, por exemplo. Por isso, se você encontrá-lo no céu, mesmo usando binóculos ou um telescópio, verá um ponto de luz não muito parecido com a imagem que abre este texto.

Mas afinal: como encontrá-lo? Primeiro: utilize um aplicativo gratuito para celular, como o Stellarium ou o Star Walk, para conferir a localização dos astros no céu. Se possível, vá para um lugar longe da poluição luminosa das grandes cidades e tenha um binóculo em mãos.

A expectativa é que o brilho do C/2022 aumente nos próximos dias, e que ele permaneça visível no céu de todo o Brasil durante a primeira quinzena de fevereiro, sempre nas primeiras horas da noite. Por volta do dia 5 de fevereiro, procure o cometa nos arredores de uma estrela brilhante e azulada chamada Capela, com a ajuda dos aplicativos de localização. Por volta do dia 10, ele estará mais alto no céu, mais próximo do ponto que Marte ocupa.

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Uma alternativa mais fácil é assistir à visita do telescópio a partir da live organizada pelo Virtual Telescope Project (VTP), que começa à 1h desta quinta (2). Você pode conferir no site do projeto, clicando aqui.

Astrônomos de todo mundo também estarão de olho na passagem do C/2022. Isso porque os cometas são como fósseis do Sistema Solar: eles têm informações importantes sobre a formação do Sistema, a origem da Terra e, possivelmente, da vida por aqui. Esta é mesmo uma oportunidade única: a influência gravitacional do Sol pode forçar o cometa a dar mais uma volta ao redor dele e nos visitar novamente, daqui a 50 mil anos, ou expulsá-lo do Sistema Solar.

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