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Como funcionam as filas?

Por incrível que pareça, sérias pesquisas matemáticas que se dedicam a entender qual é a forma mais eficiente de lidar com elas.

Por Stefan Gan
Atualizado em 17 jan 2018, 19h16 - Publicado em 21 dez 2004, 22h00
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  • Certamente você já teve que desperdiçar seu tempo na fila de um banco só para pagar uma conta atrasada. Nessas horas dá para pensar em qualquer coisa: o que vai cozinhar no jantar, a escalação ideal do seu time ou a lista de tarefas da semana. Pois deve ter sido num momento desses que o dinamarquês Agner Krarup Erlang pensou em como agilizar as filas. Em 1909, ele publicou a primeira teoria sobre o assunto. Hoje pesquisadores estão empenhados em aprimorar esse sistema de atendimento e a teoria das filas é tema de sérias pesquisas matemáticas.

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    Mas, mesmo com tanta dedicação, eles ainda não inventaram nada melhor que a fila única. Desde os anos 80, quando foi introduzida, ela é tida como o modelo mais eficiente de atendimento. “É o sistema mais justo porque distribui igualmente o tempo de espera”, diz o professor Marcos Magalhães, do Instituto de Matemática e Estatística da USP. Se um caixa sai para o almoço, todo mundo espera mais. Se entra um novo atendente, todos lucram.

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    A democratização é boa, mas está longe do ideal: um mundo em que filas simplesmente não existam. “Tempo de espera zero numa fila é inviável”, afirma Henry Oyagawa, especialista no assunto. A teoria das filas considera fatores como o intervalo médio entre chegadas sucessivas de indivíduos no sistema, o tempo médio de atendimento de cada um e o número de atendentes disponíveis. Da próxima vez que você for ao banco, vai ter um bocado de coisa para pensar enquanto aguarda sua vez.

    O suplício em números

    Teoria explica como funcionam as filas de banco na hora do rush

    Chegada desanimadora

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    São seis clientes chegando por minuto, uma nova pessoa a cada dez segundos engrossando a fila. É o sistema “overloaded”, típico da hora do almoço no início do mês

    Velhos tempos

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    As filas paralelas – uma para cada caixa – aumentam não só o tempo de espera, mas também a ansiedade dos usuários. Basta lembrar-se do supermercado: é impossível não achar que a fila do caixa ao lado sempre anda mais rápido

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    Fila que cresce

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    Uma pessoa a mais a cada 10 segundos. Quatro pessoas a menos a cada 2 minutos. Faça as contas: em 10 minutos, 20 pessoas são atendidas e 60 chegam à agência. Ou seja, se às 12h20 a fila tem 100 pessoas, às 12h30 são 140

    Acredite se quiser

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    O furão é um problema social, não matemático. Considerando o tempo médio de serviço de 2 minutos e quatro caixas, apenas 30 segundos serão adicionados ao tempo de espera de cada um

    Ritmo constante

    Cada funcionário leva 2 minutos em média para atender um cliente. Se quatro funcionários estão trabalhando e a fila tem 100 pessoas, o tempo médio de espera fica acima de 50 minutos. Haja paciência!

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    Não, não! Almoço não!

    Você está na fila há 20 minutos, contando quantas pessoas faltam, quando um funcionário sai para o almoço. Com a baixa, o tempo médio de espera sobe em quase 34%, passando para 67,4 minutos de fila

    Para saber mais

    Na livraria:

    Fundamentals of Queueing Theories – Donald Gross e Karl M. Harris, John Wiley & Sons, EUA, 1998

    Na internet:

    https://www2.uwindsor.ca/~hlynka/queue.html

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