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Como reduzir lotação de restaurantes pode diminuir risco de Covid-19

Segundo estimativas feitas por um novo estudo, limitar estabelecimentos a até 20% da capacidade poderia evitar 80% dos casos de contaminação.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 20 nov 2020, 18h48 - Publicado em 11 nov 2020, 19h30

Ambientes fechados, com muita gente e pouca ventilação reúnem as condições perfeitas para que o novo coronavírus pule de alguém doente para pessoas saudáveis. Existem diversos relatos de casos de superespalhamento – quando um único infectado transmite o vírus a várias pessoas –, que tiveram como palco bares e restaurantes pelo mundo. Em abril, num restaurante de Guangzhou, na China, um cliente de um restaurante passou a doença para outros 9 – a hipótese é que o vírus tenha viajado pelo sistema de ventilação.

O risco alto de contaminação cobra que estabelecimentos tomem várias precauções ao reabrirem as portas. Reduzir a equipe, abolir os bufês de self-service, abusar do álcool gel e estimular que os clientes ocupem as áreas externas, tudo isso ajuda. Mas de nada adianta seguir os protocolos à risca se, lá dentro, ainda existirem aglomerações.

Um estudo recém-publicado na revista científica Nature reforça a importância de que restaurantes restrinjam o número de pessoas que atendem por vez. Limitar a ocupação das mesas a 20% da capacidade máxima poderia reduzir em 80% o número de casos ligados a esses locais. 

As estimativas foram calculadas por um modelo computacional de pesquisadores das Universidades Stanford e Northwestern, nos Estados Unidos. Eles usaram dados da localização de celular de 98 milhões de pessoas, das dez maiores cidades americanas, entre março e maio de 2020.

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Aí, foi só cruzar o número de pessoas com Covid-19 e os estabelecimentos mais frequentados. Entraram na conta informações como o tamanho do local, quantas pessoas passaram ali e o total de infectados na região. Sabendo de tudo isso, o algoritmo aprendeu a estimar que local oferecia maior risco de contaminação.

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Pesquisadores calculam que restaurantes são pontos até quatro vezes mais propícios a infecção do que academias de musculação, por exemplo – outro ambiente fechado e cheio de gente, tido como o segundo local mais arriscado para se frequentar durante a pandemia.

Após simular diferentes cenários – um com um bar 100% lotado, e outro com 50% das mesas livres, por exemplo – o estudo encontrou a relação: limitar até 20% da capacidade pode evitar 80% dos casos de contaminação nesses locais. O estudo argumenta que eventos de superespalhamento costumam representar a maior parcela de infecções – e que, por isso, é mais eficaz focar em restringir as aglomerações do que diminuir o percentual de pessoas que saem de casa. Em estados do Brasil como São Paulo, por exemplo, a taxa de isolamento média da população era usada no início do ano para indicar se a região já estava pronta para “mudar de fase”, e afrouxar as medidas da pandemia.

Os resultados do estudo dialogam com um levantamento feito na Índia, e publicado no início de outubro. Analisando 85 mil casos de Covid-19, cientistas mostraram que os eventos de superespalhamento têm boa parcela de culpa: 8% dos infectados foi responsável por passar o vírus a 60% das pessoas.

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