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Como se faz sabão?

O sebo bovino é o mais usado porque, além de ser barato, tem a consistência adequada.

Por Priscila Gorzoni
Atualizado em 4 nov 2016, 16h15 - Publicado em 30 set 2003, 22h00
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    O sabão em pedra que deixa a louça brilhante e perfumada é feito com o sebo de boi. Sim, aqueles caminhões que recolhem retalhos feios e malcheirosos nos açougues despejam sua carga em fábricas de produto de limpeza. A “mágica” transformação é operada pela soda cáustica, ou hidróxido de sódio.

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    Na linguagem dos químicos, sabão é uma substância obtida da reação entre um ácido graxo (presente na gordura bovina) e um composto de metal alcalino (como o sódio e o potássio). Tal reação é conhecida por saponificação. Além do sebo, a gordura que reage com a soda costuma conter uma proporção de óleo vegetal – o mais comum é o de babaçu (espécie de palmeira comum no Nordeste). “O sebo bovino é o mais usado porque, além de ser barato, tem a consistência adequada. O óleo de babaçu dá cremosidade ao produto”, diz Israel Morales Vignado, químico da indústria de sabão Razzo. À mistura também são adicionados outros ingredientes, como corantes e aromatizantes.

    Com variação maior ou menor de ingredientes, essa fórmula é a base de uma gama de produtos que vai do sabão em pedra mais barato ao sabonete mais fino. As primeiras evidências históricas da fabricação de sabão têm cerca de 4 500 anos. “Os sumérios aprenderam a fazê-lo com cinzas vegetais, ricas em carbonato de potássio, e óleos. Eles já usavam sabão para lavar suas lãs”, afirma João Francisco Neves, professor de produtos de higiene da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A técnica também foi dominada por fenícios, celtas e romanos. Na Europa medieval, as cidades de Marselha, Gênova e Veneza se destacaram como centros de manufatura de sabão – até hoje o sabonete marselhês, feito à base de óleo de oliva, é considerado um dos melhores do mundo. Mas o uso do sabonete como produto de higiene pessoal demoraria para se disseminar: já no século 17, a misteriosa novidade espumante ainda causava espanto entre a nobreza européia.

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    E costumava acompanhar uma bula com instruções detalhadas, porque praticamente ninguém na época sabia o que fazer com ela.

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    Metamorfose espumante

    Restos do açougue se transformam em produto de limpeza

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    1. Caminhões da fábrica de sabão recolhem aparas e ossos bovinos em açougues

    2. Na indústria, esse material é cozido: o sebo, liquefeito, separa-se das partes sólidas

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    3. O sebo é submetido a um processo químico de branqueamento e desodorização

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    4. Com a adição de soda cáustica e gordura vegetal, ocorrem reações que transformam o sebo em sabão

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    5. O sabão recebe corantes e perfume, passa por uma secadora e é cortado na forma de barras

    6. Transformado, o rebotalho do açougue é perfeito para deixar a louça brilhando

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