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Conosco, em 2050

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 31 out 2000, 22h00

Maria Luisa Mendes

O que você vai almoçar amanhã? Vai chover no domingo? Fazer previsões, ainda que seja sobre o futuro trivial mais próximo, nem sempre é fácil. As chances de quebrar a cara são grandes mesmo quando quem está com a bola de cristal entende do que diz. “Não existe nenhuma razão que justifique uma pessoa ter um computador em casa.” Quem falou isso? Ken Olson, fundador da empresa de computadores Digital, em 1977. Outra: “Quem imagina que a transformação do átomo possa ser uma fonte de energia está falando bobagem”. Essa foi de Lord Rutherford, descobridor da fissão nuclear, em 1930. Apesar da dificuldade que é presumir o que está à frente, a redação da Super encarou o desafio de tentar vislumbrar pelo menos um pouco daquilo que uma pessoa que está nascendo hoje encontrará quando for adulta. O resultado está aqui, nesta edição especial.

A humanidade entrou no século XXI com um trunfo: o mapeamento do genoma humano, completado há pouco tempo. Saber o que realmente significa cada uma das letrinhas da enorme seqüência que codifica o que fomos, o que somos e o que podemos ser é a lição de casa científica do século. As questões a serem respondidas são quase tão antigas quanto o próprio homem: Quantos anos vamos viver? Que doenças vamos evitar? Do que vamos morrer?

Enquanto convivemos com essas incertezas, as coisas à nossa volta devem mudar bastante até a metade do século, como você vai ver nas reportagens. Robôs estão ficando mais inteligentes. Sexo virtual torna-se cada vez mais comum. A Internet vai ser tão ubíqua quanto a luz elétrica. Dentro de nós, também haverá novidades. São boas as possibilidades de que as gerações futuras tragam no sangue robôs incrivelmente pequenos, incumbidos de diagnosticar e combater doenças.

Mudaremos para melhor? Provavelmente sim – apesar de, às vezes, termos a impressão de que a História está andando para trás, quando vemos fotos de famintos na Somália ou crianças baleadas ao lado de seus pais, como aconteceu recentemente na Palestina.

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Esperamos que, nas reportagens que recheiam as próximas páginas, você, como nós, também encontre motivos para renovar suas esperanças no futuro.

Maria Luisa Mendes

Editora Sênior

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