Estas são as foices da morte da aranha (Tegenaria atrica). Armas formidáveis, elas estraçalham qualquer mosca que pouse na teia. São, na realidade, as duas quelíceras do aracnídeo, órgãos semelhantes a antenas, localizados na cabeça
O ferão da abelha
As cores vermelhas sobre a lâmina fazem pensar numa faca afiada, que acabou de ser usada numa luta. Nada disso.
A cor é só efeito da iluminação do microscópio sobre um ferrão de abelha, ampliado 150 vezes
O escargot, caracol tão apreciado pela culinária francesa, num ângulo inusitado: closes de regiões diferentes da sua língua
Na foto menor, a imagem foi aumentada apenas cinquenta vezes, mas já é possível observar centenas das escamas que formam as asas. Acima, o microscópio ampliou a mesma asa duzentas vezes: o que se vê, embora não pareça, é todo o colorido de uma única escama.
As asas da borboleta
No microscópio, as asas das borbolhetas lembram o telhado de uma casa.
Mas as formas que parecem as telhas são minúsculas escamas. Se ampliarmos a imagem 150 vezes, como na foto abaixo, é possível distinguir cerca de quarenta delas
Os cristais do sulfato de cálcio refletem a luz como se fossem prismas
As cores das moléculas
0 ferro, no microscópio, mais parece as pedrinhas de um caleidoscópio
Dicas para amadores
Para começar, você deve ter uma máquina fotográfica com regulagem de exposição automática e um tubo adaptador (encontrado em lojas especializadas) para ligá-la ao microscópio – que, aliás, não precisa ser daqueles superpotentes. Com um microscópio capaz de ampliar a imagem 40 a 150 vezes, será possível produzir excelentes microfotografias, como as de asas de borboletas e as de escamas de peixes. O conceito de microfotografia, aliás, só pode ser aplicado quando se registram imagens que foram ampliadas, no mínimo, 40 vezes. No caso, as lentes do microscópio já têm a função da objetiva, como é chamada a lente principal da máquina. Cuidado apenas com a luminosidade: quanto maior a ampliação, maior a necessidade de luz para distinguir cores e formas. O ideal é regular a iluminação em cerca de 5 600 graus Kelvin (unidade usada para medir a luz). Esse valor costuma ser o da luminosidade natural, em locais ensolarados. Mas não arrisque: prefira sempre o flash.
Jean-Pierre Saunier