Namorados: Revista em casa a partir de 9,90

Este é o panda-esqueleto-do-mar, que parece estar fantasiado para o Halloween

Animal viralizou na internet bem antes de ser oficialmente reconhecido pela comunidade científica. Saiba detalhes sobre a espécie.

Por Manuela Mourão
31 Maio 2025, 14h00

Bichinhos fofinhos e esquisitos estão por toda a natureza. E esse em questão é tão divertido quanto uma fantasia de Dia das Bruxas: o panda-esqueleto-do-mar, batizado oficialmente de Clavelina ossipandae. Trata-se de um ascídia, tipo de animal marinho filtrador que vive fixo a recifes quando adulto – porém quando no estágio larval, se locomovem para encontrar um substrato para se prender. 

O animal foi encontrado nas águas da ilha de Kumejima, no Japão, e ficou famoso antes mesmo de ser conhecido pela ciência. As primeiras imagens circularam nas redes sociais em 2017, postadas por centros de mergulho locais. O visual inusitado, com manchas pretas que lembram olhos e nariz de ursos panda e linhas brancas que parecem ossos, chamou a atenção não só dos internautas, mas também, claro, de biólogos.

“O que parece um esqueleto são, na verdade, vasos sanguíneos que atravessam horizontalmente as brânquias do animal”, explica Naohiro Hasegawa, pesquisador da Universidade de Hokkaido e coautor do artigo que descreveu a espécie em 2024, na revista Species Diversity. “Já as manchas pretas na cabeça, que lembram um rosto de panda, são apenas padrões. Ainda não sabemos exatamente qual a função delas.”

O Clavelina ossipandae é um animal pequeno. Mede no máximo dois centímetros e vive em colônias de até quatro indivíduos, fixados em rochas e recifes, geralmente em locais com fortes correntes, a cerca de 20 metros de profundidade. Alimenta-se filtrando o plâncton e matéria orgânica da água.

Continua após a publicidade

Além de sua reprodução assexuada, que permite formar colônias a partir de um único organismo, os pandas-esqueleto também são hermafroditas, possuindo tanto órgãos femininos quanto masculinos. Isso os torna altamente adaptáveis à vida nos recifes.

Compartilhe essa matéria via:

Em 2021, após o animal viralizar na internet e ser destaque em programas de TV japoneses, pesquisadores liderados por Hasegawa organizaram uma expedição financiada por crowdfunding para coletar espécimes na região de Tonbara, um espaço rochoso próximo à ilha de Kume. A área só é acessível durante o inverno, devido às condições das marés e do vento. Ou seja, encontrar os pandinhas foi um desafio. 

Continua após a publicidade

Após análises detalhadas, o grupo confirmou: tratava-se de uma espécie desconhecida até então. O nome científico combina referências ao formato do corpo: Clavelina significa “pequena garrafa”, com os termos latinos os (osso) e pandae (panda), em alusão à sua aparência esquelética e às manchas que lembram o famoso mamífero.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.