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Experiência recupera memórias perdidas

Estudo com lesmas-marinhas consegue destruir "e reconstruir" uma memória; descoberta dá esperança a pacientes de Alzheimer

Por Marcos Ricardo dos Santos
Atualizado em 6 jun 2017, 15h32 - Publicado em 18 set 2015, 21h15
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  • Quando você memoriza alguma coisa – um endereço, por exemplo -, aciona um conjunto de neurônios, que formam conexões (sinapses) entre si. Se esses laços são desfeitos, a informação é perdida, e você não consegue mais se lembrar dela. O esquecimento é parte da vida. Mas uma experiência conduzida por neurologistas americanos sugere que, um dia, talvez não precise ser. Eles conseguiram fazer algo considerado impossível, recuperar memórias perdidas. Pelo menos em animais muito simples: lesmas do gênero Aplysia, que vivem no mar.

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    Primeiro, os cientistas deram choques elétricos nas lesmas. Os neurônios sensoriais, que detectam o choque, formaram conexões com os neurônios motores – que fazem a lesma se retrair. Essa conexão dura alguns dias, mesmo na ausência do choque. A lesma “se lembra” dele, cria uma memória. Só que, logo em seguida, as cobaias receberam queleritina, uma substância que desfaz as ligações entre neurônios. As sinapses sumiram, a memória foi destruída. Mas o mais impressionante veio depois. As lesmas tomaram uma injeção de serotonina (neurotransmissor presente também em humanos). Consequência: as conexões entre os neurônios se refizeram espontaneamente. Ou seja, a memória foi recuperada.

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    Além de provar que é possível recuperar uma memória destruída, o estudo levantou uma hipótese intrigante. Talvez as memórias não sejam armazenadas nas sinapses – e sim dentro dos próprios neurônios. Isso pode ser uma esperança para quem sofre de Alzheimer (doença que bloqueia as sinapses, levando à perda de memória). “Se encontrarmos uma maneira de restaurar as sinapses desses pacientes, suas memórias poderão retornar”, diz o neurocientista David Glanzman, líder do estudo.

    Fonte: Reinstatement of long-term memory following erasure of its behavioral and synaptic expression in Aplysia, Shanping Chen e outros, Universidade da Califórnia (Los Angeles).

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