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Humanos acham animais de grande porte mais carismáticos que os pequenos

Estudo com 13,6 mil espécies indica que pessoas têm preferência por grandes vertebrados. E isso pode interferir no interesse pela conservação de espécies.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 5 dez 2020, 08h01 - Publicado em 1 dez 2020, 18h24

Uma pesquisa da Universidade de Aarhus, Dinamarca, mostrou que humanos tem preferência por animais de grande por em comparação aos pequenos. Bem, ao menos no quesito carisma. Segundo o estudo, espécimes gigantes, como os elefantes e rinocerontes, só empatam com seres minúsculos – que podem acabar ganhando o público pela fofura. 

O carisma animal, ou seja, o quanto ele parece simpático às pessoas, pode ser medido de três formas diferentes. A primeira delas é a partir de sua aparência. Quer dizer, se o animal é bonito e fofo – os coalas e ursos panda são bons exemplos disso. Depois, há a “presença” do animal, o quão notável ele se faz ao ser avistado por humanos. Bom exemplos de bichos nesta categoria são os leões, que demonstram imponência. O último critério envolve as emoções que os animais inspiram nas pessoas. Aqui entra a sensação de felicidade ao ficar com seu bichinho de estimação. 

Os cientistas relacionaram o carisma do animal ao seu tamanho após analisarem uma série de dados sobre as espécies mais buscadas na Wikipedia e também aquelas que tinham mais imagens postadas em sites como Twitter e Flickr. Ao final, avaliaram informações de 13.680 espécies, que estavam distribuídas em nove grupos. Participaram do estudo anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

O nível de carisma das espécies foi definido de zero a um pelos pesquisadores. Os maiores valores ficaram para os grandes vertebrados, como aparece no estudo publicado na revista científica Biological Convervation – e que você pode ler clicando aqui.

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Para os pássaros e mamíferos, seus tamanhos considerados foram aqueles alcançados na vida adulta, após os animais atingirem a maturidade sexual. Já para os anfíbios e répteis, foi considerada a massa corporal máxima que eles podem atingir, já que continuam crescendo ao longo da vida.

Apesar de as espécies grandes serem as favoritas, o grupo dos pequeninos também consegue achar seu espaço. A lagartixa-anã das Ilhas Virgens (Sphaerodactylus parthenopion), que é um dos menores vertebrados terrestres, com menos de 18 milímetros de comprimento, é um exemplo destes bichinhos carismáticos que batem de frente com os grandões. Os pequenos seres tendem a evocar sentimentos positivos nas pessoas – talvez devido a sua aparência simpática. 

Os pesquisadores explicam que a popularidade das espécies tem relação direta com o quanto os humanos estão dispostos a investir para estudá-las e preservá-las. Na nova publicação, é apontada a discrepância de tratamento entre os pequenos e grandes seres, mostrando que os animais maiores recebem mais atenção em questão de conservação devido ao apelo que causam nas pessoas.

Faz sentido: no Brasil, projetos de conservação da fauna nacional costumam priorizar bichos como onças-pintadas, tartarugas e baleias, por exemplo. Outros exemplares de fauna sob risco de extinção – como certas espécies de pássaros e anfíbios que vivem exclusivamente aqui, por exemplo – encontram-se em nível tão grande de ameaça que faltam até mesmo dados relativos à sua preservação. Olhando para essas espécies menos famosas com outros olhos, quem sabe, seja possível recuperar uma parte importante da biodiversidade.

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