Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Japão usará muralha de gelo para impedir radiação de Fukushima

O projeto custou mais de um bilhão de reais, e terá 1,5 km de extensão

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 10h13 - Publicado em 1 abr 2016, 19h00

O governo japonês aprovou a ativação de um sistema que criará uma muralha de gelo em seu território. A ideia não é defender reinos – como em Game of Thrones – e sim tentar impedir que a radiação exalada pelos destroços da usina de Fukushima continue a ser espalhada pelos mares.

A usina de Fukushima produzia energia da seguinte forma: uma série de reatores (que possuem temperaturas altíssimas) era colocada em contato com toneladas de água. O material fazia com que o líquido evaporasse e o vapor movimentava turbinas, consequentemente gerando energia.

LEIA: 9 fatos para entender a crise nuclear no Japão

Acontece que em 2011, um terremoto atingiu a usina, esses reatores entraram em contato com a água do mar, e desde então contaminam a região. Os japoneses já até tentaram tirar o material dali, mas as altas temperaturas e radioatividade dificultaram o processo. A ideia da barreira de gelo é deixar os reatores ali, mas evitando que a água contaminada se misture ao resto do oceano.

Não é exagero chamar a coisa de muralha. O projeto consiste em tubos refrigeradores localizados a 30 metros de profundidade. Ao serem ligados, criarão a barreira de gelo, que deve ter 1,5km de extensão, cercando todo o complexo nuclear. Trata-se de uma forma ao menos viável de construir uma barreira dessas – já que fazer uma de concreto no meio do mar seria virtualmente impossível. E os custos foram relativamente baixos para algo desse porte: o equivalente a R$ 1 bilhão. A usina de Belo Monte, que é grande, mas não passa de uma construção convencional, está em R$ 30 bilhões (tire R$ 5 bilhões, ou R$ 10 bilhões, de eventuais propinas e corrupções, e ainda assim ela fica bem mais cara que a muralha japa). 

Continua após a publicidade

O projeto todo, na verdade, é uma grande aposta. Tanto pode ser que tudo saia  exatamente como o planejado, e crie-se a muralha de gelo quando os tubos congeladores forem acionados, quanto é possível que a situação apenas agrave os problemas do acidente nuclear. “As consequências continuam desconhecidas. Isso porque o resultado esperado é baseado em simulações”, afirmou Toshihiro Imai, responsável da TEPCO (empresa que gerenciava Fukushima) para falar de assuntos sobre o acidente.

LEIA TAMBÉM:

“Morrem” os robôs enviados à Fukushima
Explore a zona de contaminação nuclear de Fukushima, no Japão, com o Google Street View
Natureza toma conta de Fukushima abandonada

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.