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Magnetismo, O motor do mundo

O domínio do magnestimo está por trás de quase tudo que se move.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 jan 2000, 22h00

Meire Cavalcante

Se não fosse o magnetismo, esta revista não existiria. Para começo de conversa, não haveria energia elétrica para fazer girar as rotativas que imprimem 7 000 exemplares a cada hora. “O magnetismo está em tudo e foi ele a base de toda a evolução tecnológica”, afirma o professor de Física da Universidade de São Paulo Nei Fernandes de Oliveira Júnior. Foi graças à descoberta do eletromagnetismo e da indução magnética que os primeiros motores puderam ser desenvolvidos, impulsionando a era industrial no planeta. Desde então, seu uso tornou-se praticamente ilimitado – tanto em coisas simples, como um barbeador ou uma batedeira, quanto no complexo sistema de bombardeio de elétrons que forma a imagem da televisão.

Ainda que invisíveis, as chamadas ondas eletromagnéticas estão presentes onde quer que seja e fazem o mundo funcionar. Uma delas, usada na Medicina, são os raios-X. Outro tipo são as ondas de rádio, usadas até pelos satélites. É graças a ela também que você pode carregar no bolso um telefone capaz de ligar para qualquer lugar do mundo sem um único fio.

Mas tecnologia é o de menos. O magnetismo é vital. Todo mundo sabe que não seria possível existir vida na Terra sem a luz, mas nem todo mundo faz idéia de que ela é uma onda eletromagnética que impressiona a nossa retina e que, por isso, é visível.

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O truque da levitação

Poderia até ser mágica, mas não é. O que você está vendo na foto é uma levitação, mas o segredo do que parece ser um truque chama-se supercondutividade. O fenômeno foi descoberto em 1911 pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onne. Por meio de um processo de resfriamento, certos materiais, principalmente a cerâmica, adquirem uma propriedade peculiar: nenhum campo magnético pode penetrá-lo. Isso acontece a uma temperatura extremamente baixa, chamada temperatura de transição. Na foto, o cubo que está levitando é um ímã e o material supercondutor está abaixo. Já que ele não permite que o campo magnético passe, é como se a sua força batesse e voltasse, fazendo o ímã levitar. Para poder resfriar os materias a uma temperatura tão fria, é usado o hélio líquido, que chega a 223 graus Celsius negativos.

Água + ímã = eletricidade

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Veja como uma hidrelétrica usa o magnetismo.

Que a força da queda-d´água é usada para gerar energia todo mundo sabe. Mas onde entra o magnetismo nessa história? Primeiro, é preciso conhecer uma das leis básicas do eletromagnetismo: onde há corrente elétrica há campo magnético e, inversamente, onde há campo magnético, por meio de um fio condutor, há corrente elétrica. Veja a importância do magnetismo na geração de energia.

1. A usina hidrelétrica armazena água e a faz passar por um tubo afunilado perto da turbina, aumentando sua velocidade.

2. A água entra na turbina gigante e faz girar as pás que ficam na parte inferior, fazendo com que o eixo principal entre em rotação.

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3. O eixo faz girar os ímãs rotativos (que funcionam como um só), criando um poderoso campo magnético ao seu redor.

4. A corrente elétrica produzida pelo campo magnético passa através do metal condutor (envoltório fixo) e é conduzida às subestações, que distribuem a eletricidade.

Um trem que voa

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Este supertrem, o japonês MagLev – abreviação de “levitação magnética” – usa o magnetismo para flutuar sobre os trilhos. É o trem mais rápido do planeta, atingindo uma velocidade de até 450 quilômetros por hora. Na parte inferior do trem, estão instalados supercondutores – cerâmica resfriada a temperaturas de até 223 graus Celsius negativos. Nos trilhos, há poderosos eletroímãs. O campo magnético gerado por eles repele os supercondutores, fazendo o trem levitar a uma altura de 10 centímetros. Nas laterais do trem também há eletroímãs, garantindo orientação e movimento.

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