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Missão espacial começa a divulgar maior mapa da Via Láctea de todos os tempos

Gaia, o telescópio espacial europeu, fotografou mais de 1 bilhão de estrelas - e mostrou que a galáxia é maior do que a gente imaginava.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 14 set 2016, 19h45
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  • ESA/Gaia/DPAC
    ESA/Gaia/DPAC (/)

    A Agência Espacial Europeia divulgou hoje os primeiros resultados da missão do telescópio espacial Gaia, lançado no final de 2013. Nesses quase três anos de aventura extraterrestre, Gaia identificou mais de 1 bilhão de objetos e produziu dados que podem revolucionar tudo o que sabemos sobre astronomia.

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    Só para começar, ela encontrou muito mais estrelas que o previsto – o que, para muitos cientistas, já é um sinal preliminar de que a Via Láctea é maior do imaginávamos.

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    As revelações de Gaia publicadas hoje vão ser transformadas no maior mapa da Via Láctea da história. Ele vai ser 1.000 vezes mais extenso e 10 vezes mais preciso do que qualquer coisa que a astronomia humana já produziu, com cerca 1 bilhão de objetos espaciais exibidos em 3D. É o equivalente a desvendar 1% de toda a nossa galáxia.

    Por enquanto, esse atlas está no formato de tabelas que revelam informações específicas sobre mais de 2 milhões de estrelas. Até o final da missão, esse catálogo vai contar com dados de 250 mil objetos de Sistema Solar, 7 mil planetas em outros sistemas, 1 milhão de galáxias vizinhas e 20 mil supernovas.

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    Mas, para já dar uma palhinha do mapa 3D que vai ser montado a partir das fotos e dados, a Agência divulgou o primeiro mapa de visão celeste, com base nas informações que a missão coletou de julho de 2014 a setembro de 2015.

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    O mapa ajuda a identificar as áreas do cosmo com maior número de estrelas observadas por Gaia. As regiões mais claras indicam uma densidade maior do sóis. Onde a imagem é mais escura, a concentração de estrelas era menor.

    Na Via Láctea, que tem formato de espiral, a área mais clara da imagem é conhecida como Plano Galáctico, onde fica a maioria das estrelas da galáxia. No mapa, essa porção é a linha horizontal no centro. As áreas escuras no Plano Galáctico, segundo a Agência Europeia, representam nuvens de gás e poeira que absorvem a luz nessas regiões.

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    Os pontos brilhantes do lado direito inferior representar duas galáxias-anãs que orbitam a Via Láctea, as Nuvens de Magalhães (pontos LMC e SMC). Do lado oposto, mais uma vizinha, bem maior, Andrômeda e seu satélite, a galáxia Triangulum (ponto M33).

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    Além dessas três, todas as outras galáxias próximas são designadas por pontos azuis, enquanto as anotações amarelas são aglomerados abertos, ou grupos relativamente pequenos de estrelas próximas devido à gravidade. Em branco, os clusters globulares, com estrelas velhas e bem mais numerosas que se mantém pertinho umas das outras.

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    Em uma nave com só 10 metros de diâmetro, Gaia conta com uma câmera de milhões de pixels, dois astrotelescópios, fotêmetros e espectrômetros de velocidade radial. Tudo isso não só para fotografar a posição de 1 bilhão de estrelas (70 vezes cada uma), como medir sua trajetória no espaço, seu comportamento gravitacional e as distâncias entre elas. Fazendo tudo isso em 5 anos de observação, são mais de 40 milhões de objetos espaciais registrados por dia.

    O telescópio é capaz de produzir tanta informação que ninguém sabe os mistérios e as surpresas escondidos no catálogo divulgado hoje. É o chamado data dump, quando um monte de dados brutos é divulgado publicamente para ser analisado e estudado por uma multidão de cientistas.

    Só os astrônomos que tiveram direito a uma olhadinha na base de dados de Gaia antes do lançamento já publicaram 15 artigos acadêmicos. A expectativa é que ele gere mais de 100 publicações – só nas próximas semanas. Até 2022, quando a missão acaba, vão ser mais 3 data dumps e centenas de papers científicos.

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