Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Novo sistema produz água potável a partir de energia solar

O processo de dessalinização, conhecido por seu alto custo, está próximo de ganhar uma ferramenta acessível e (muito) eficiente.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 11 fev 2020, 20h35 - Publicado em 11 fev 2020, 18h49

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sistema que utiliza energia solar para retirar o sal da água do mar, tornando-a potável. Não se trata da primeira tecnologia do tipo, mas é a mais eficiente.

Cada metro quadrado da coisa gera 5,8 litros de água doce por hora. Isso é o dobro do que se conseguia até hoje com sistemas parecidos.  O estudo foi publicado na revista Energy and Environmental Science.

Para entender como o sistema funciona, vale lembrar como a própria natureza fabrica água potável a partir do mar. O calor do Sol evapora a água salgada, e o que sobe é H2O puro. Depois, nas nuvens, ocorre a condensação, tornando a água líquida novamente, que cai na forma de chuva. Agora, ela está pronta para retornar aos rios, lagos, represas e torneiras.

Agora, vamos ao sistema do MIT. Ele consiste numa estrutura flutuante, que absorve água salgada e acelera a transformação dela em vapor. Você tem algumas camadas ali. A primeira é uma placa solar. Não uma placa de energia fotovoltaica, só uma que concentra energia do sol mesmo (como as usadas para aquecer caixas d’água). A segunda camada consiste em folhas de papel toalha, que absorvem a água salgada. Depois vem o condensador, a camada que transforma o vapor naquilo que interessa: água potável.

divulgacao_reproducao_desalinizacao_energia_solar_v2
1- Isolante térmico | 2- Placa solar | 3- Papel Toalha | 4- Condensador (Divulgação/Reprodução)
Continua após a publicidade

O pulo do gato aqui é o seguinte: depois da primeira placa, há várias outras enfileiradas. Cada uma delas é equipada com uma camada de papel toalha e um condensador. Mas, olha só, elas não precisam ser aquecidas pelo Sol, pois reaproveitam a energia que foi gerada naquela primeira fase, essa da imagem acima. Mas como o calor é mantido? Bom, o sistema fica revestido por um isolante térmico de aerogel, que nada mais é do que uma película similar à das lentes de contato.

O protótipo do sistema opera com dez placas assim. E a ideia é construir o sistema mais barato possível – até por isso o uso de papel toalha, um material completamente acessível, como absorvente.

A aplicação do sistema em regiões costeiras áridas seria uma grande solução para oferecer água potável de baixo custo aos moradores, bastaria um tanque raso de água do mar bombeada para a área. De acordo com os pesquisadores, daria para atender as necessidades de uma família inteira com apenas US$ 100. 

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.