Não é o mesmo show de efeitos especiais de uma sombra completa. Mas o eclipse anular que atinge a região norte do país, dia 29, pode ser bem bonito. Esse fenômeno acontece quando a Lua passa exatamente entre a Terra e o Sol, fazendo sombra no planeta. Mas, desta vez, ela está tão longe que não vai conseguir esconder o Sol por inteiro. É que a órbita da Lua não é completamente circular. Assim, às vezes ela está mais longe e, outras vezes, mais perto. Desta vez, está quase no seu afastamento máximo, chamado apogeu. Por isso, a Lua não consegue cobrir toda a circunferência solar, deixando escapar um feixe de luz ao seu redor (veja ilustração). O espetáculo começa logo depois do meio-dia, horário de Brasília. A faixa de totalidade passa sobre algumas importantes capitais e cidades do Norte e Nordeste: Fortaleza, no Ceará, São Luiz, no Maranhão, Belém, no Pará, e Fernando de Noronha. Nessa faixa, a duração total do eclipse será de até 4 horas. Durante os quatro minutos em que o Sol aparece apenas como um fino aro de luz, cerca de 90% da sua superfície estará encoberta.
Tanto na faixa de anularidade quanto na de parcialidade, a observação do fenômeno deve ser feita sempre através de filtros especiais. O mais indicado pelos oftalmologistas é o filtro de solda número 14. Filmes de raio X exigem muito cuidado. Faça um sanduíche com quatro chapas completamente veladas e vá tirando uma por vez até que o disco solar apareça, com um fraco brilho. Lembre se que lunetas e binóculos são completamente proibidos. Com esses cuidados, você evita lesões graves nas células da retina, que podem provocar até a perda de visão.