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O Titanic vai sumir até 2030 – e a culpa é de uma bactéria

A Halomonas titanicae, que é capaz de metabolizar óxido de ferro, encontrou nos destroços do navio o lugar perfeito para se alimentar (e se multiplicar).

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 12 mar 2024, 14h43 - Publicado em 23 ago 2019, 19h10

Texto originalmente publicado em agosto de 2019.

Quando o explorador Robert Ballard encontrou os destroços do Titanic, em 1985, o navio estava impressionantemente preservado. Por estar 3,8 mil metros abaixo da superfície, submetido a condições extremas como pouca luz e alta pressão, o transatlântico acabou inabitável para a maioria das formas de vida – o que desacelerou bastante sua degradação.

Mais de 30 anos após a descoberta, a situação já não é mais a mesma. Recentemente, após 14 anos sem nenhum ser humano dar o ar da graça por lá, o naufrágio foi revisitado. Além de novas imagens em HD do que restou do navio, veio a confirmação: o Titanic está desaparecendo. Bem rápido – talvez ele não dure mais dez anos.

Essa nova expedição, paga pelo excêntrico investidor Victor Vescovo – uma espécie de Elon Musk do fundo do mar –, desceu cinco vezes os mais de 3 mil metros. Eles descobriram que o famoso navio se degradou mais rápido que o esperado na última década. Um dos locais mais afetados são os alojamentos dos oficiais da embarcação, que contêm objetos emblemáticos do naufrágio – como a antiga banheira do capitão.

Essa corrosão toda não tem um motivo só, mas um dos principais algozes do Titanic é uma bactéria chamada Halomonas titanicae. Ela não recebeu o nome do navio à toa: é capaz de metabolizar óxido de ferro, ou, em bom português, comer ferrugem. E o que não falta lá é ferrugem. A bichinha aguenta qualquer parada: alta pressão, salinidade e escuridão não são problema. Assim, as colônias não param de crescer.

Henrietta Mann, uma das pesquisadoras responsáveis pela descrição do microorganismo, previu que ele pode devorar o Titanic todo até 2030. “O Titanic está retornando à natureza”, disse romanticamente Parks Stephenson, especialista na história do navio, que fez parte da nova expedição. Talvez essa seja uma foram nobre de encerrar definitivamente a história do transatlântico que vitimou 1514 pessoas.

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