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Plataformas de gelo podem derreter umas às outras, indica estudo

O gelo derretido de uma delas, na Antártida, levou calor até outra - o que pode significar um efeito dominó, e uma nova preocupação para os cientistas

Por Leo Caparroz
Atualizado em 30 dez 2022, 18h28 - Publicado em 30 dez 2022, 18h27
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  • Pesquisadores investigaram a Plataforma de Gelo Thwaites, uma das maiores na Antártida Ocidental, e descobriram um agente que pode contribuir para o seu derretimento: sua vizinha.

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    A plataforma está no lado leste da Geleira Thwaites, que vem derretendo rapidamente nos últimos 20 anos e é a maior contribuinte para o aumento global do nível do mar entre as geleiras da Antártida.

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    Pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, usaram um conjunto de dados coletados por sensores instalados sob a plataforma de gelo. Eles observaram que a temperatura do oceano, logo abaixo dela, aumentou consideravelmente durante o período de janeiro de 2020 a março de 2021.

    A maior parte desse aquecimento foi impulsionada por águas que vieram da plataforma de gelo de Pine Island, mais ao leste. Elas fluiram para a plataforma Thwaites, trazendo calor que derretia a sua base.

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    Os pesquisadores também identificaram a influência de um pequeno giro oceânico – sistema de correntes marítimas que age em círculo – próximo à plataforma. A força dessas correntes afetava a quantidade de água “derretida” glacial que chegava abaixo dela – quando esse giro estava mais fraco, mais água quente fluia.

    Em janeiro de 2020, pesquisadores dos EUA instalaram sensores de monitoramento de temperatura, salinidade e corrente oceânica sob a plataforma de gelo Thwaites. Eles captaram, por exemplo, informações sobre a variação da temperatura e da quantidade de água derretida.

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    A partir desses dados, os pesquisadores do estudo observaram que não havia um derretimento forte onde os sensores foram instalados – a plataforma não estava se aquecendo uniformemente. Isso levantou suspeitas de que não era a plataforma que estava ficando mais quente. O calor excessivo deveria estar, na verdade, vindo de outro lugar.

    Combinando as informações com simulações de computador, eles descobriram que a água que saía da plataforma de gelo de Pine Island era capaz de acessar as áreas abaixo da plataforma de Thwaites.

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    Eles também levantaram a hipótese de que o giro era ainda mais fraco, de modo que o excesso de água derretida não poderia ser movido para longe pelas correntes e, em vez disso, alcançava a plataforma Thwaites.

    Esse processo é importante para regiões com alto índice de derretimento de plataformas de gelo, uma vez que o giro oceânico aumenta a troca de calor entre elas. O que acontece com uma plataforma pode afetar a adjacente e assim por diante. 

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    “Os giros potencialmente existentes em outras regiões ao redor da Antártida também podem fazer com que um maior número de plataformas de gelo sejam propensas a intenso derretimento da base,” afirmou Tiago Dotto, principal autor do estudo. “Quando associado a condições quentes prolongadas, pode contribuir ainda mais para o aumento global do nível do mar”.

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