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Polvo é flagrado “pegando carona” em tubarão; veja vídeo

O mako é o mais rápido dos tubarões, e serviu de táxi nesta inusitada cena gravada na Nova Zelândia.

Por Bruno Carbinatto
29 mar 2025, 18h00

Cientistas na Nova Zelândia registraram uma cena inusitada: um polvo “montado” em cima de um tubarão, aparentemente pegando carona no predador.

Os pesquisadores da Universidade de Auckland usavam drones para observar um tubarão-mako (Isurus oxyrinchus) na costa neozelandesa quando avistaram uma massa alaranjada em cima do peixe. 

Inicialmente, a equipe acreditou que era uma boia ou um pedaço de plástico preso ao animal, mas uma observação mais detalhada revelou os oito tentáculos. Posteriormente, o molusco foi identificado como um polvo-Maori (Macroctopus), a maior das espécies de polvos que habitam a região.

O registro ocorreu em dezembro de 2023, mas só agora as imagens foram divulgadas. Veja o vídeo abaixo:


A cena inédita já é inusitada por si só, mas um outro detalhe chamou a atenção dos cientistas: como os dois animais se encontraram? O polvo-Maori costuma viver no fundo do mar, enquanto o tubarão-mako prefere nadar próximo à superfície. 

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De qualquer forma, o polvo parece ter tido sorte no seu Uber aquático: o mako é o tubarão mais rápido de todos, atingindo uma velocidade de nado de 70 km/h. Uma carona e tanto.

Os cientistas observaram a cena por cerca de 10 minutos, e garantiram que a carona foi pacífica. Apesar de não poder ver seu passageiro, o tubarão de três metros certamente sabia que ele estava ali: esses bichos possuem órgãos sensoriais em seu corpo conhecidos como linhas laterais, que detectam vibrações, mudanças de temperatura e pressão e outros estímulos do mundo ao seu redor. Mesmo assim, o motorista não parecia se importar. Não se sabe o desfecho da viagem, claro. 

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Tubarões-mako apresentam pouco risco aos humanos, mas a recíproca não é verdadeira: a espécie está ameaçada de extinção, devido à pesca para tirar suas barbatanas, usadas na culinária de alguns países asiáticos.

“O encontro é um lembrete das maravilhas do oceano”, diz Rochelle Constantine, professora de Biologia Marinha na Universidade de Auckland e líder da equipe que fez o registro. “Uma das melhores coisas sobre ser uma cientista marinha é que você nunca sabe o que pode encontrar no mar.”

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