Será que os invertebrados pensam? Ainda é cedo para ousar uma resposta a essa pergunta, mas experiências realizadas por cientistas italianos em Nápoles demonstraram que o polvo, cefalópode integrante da família dos moluscos, aprende através da observação. Ou seja, é capaz de imitar a articulação mental que procede imediatamente a capacidade de conceituar, até então considerada exclusiva dos invertebrados.
A pesquisa seguiu os padrões clássicos de estimulo em laboratório. Alguns polvos foram acomodados em aquários e investigados a atacar balões vermelhos e brancos. O ataque ao balão correto era recompensado e a escolha errada castigada com um choque elétrico. Tudo acompanhado por uma assistência de polvos, colocado num aquário ao lado. Após quatro ensaios, não só o condicionamento mostrou-se eficaz com os animais que atacavam as bolhas coloridas, como – surpresa das surpresas – os polvos que acompanhavam a aventura dos companheiros, ao serem postos diante dos balões, também escolheram a cor certa com margem de 70% de acerto.