PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Que tal trocar a batata frita por chips de água-viva?

É possível substituir a fritura sem problemas - a ciência garante

Por Guilherme Eler
Atualizado em 11 mar 2024, 15h45 - Publicado em 31 jul 2017, 16h23

Seja em forma de palito ou na versão chips, é difícil escapar delas. Amigas inseparáveis de qualquer fast-food, as batata fritas têm seu lugar em todo almoço que se preze – do self-service ao prato feito. O problema é que elas são tão saborosas quanto calóricas, e, por isso, é importante não deixar de lado a moderação. Na tentativa de aliviar os efeitos de toda essa gordura, outros vegetais tentam destronar as tradicionais batatinhas. Enquanto batata-doce e mandioca são os substitutos mais comuns, abobrinha e berinjela aparecem como alternativas mais fitness.

Agora, uma descoberta de cientistas dinamarqueses surge com uma saída ainda mais exótica para quem não quer deixar de ter refeições crocantes. Águas-vivas, quem diria, podem ser tão boas quanto os tubérculos – basta serem preparadas da maneira correta. O trabalho dos pesquisadores, publicado no periódico International Journal of Gastronomy and Food Science, revisita uma técnica centenária do preparo desses bichos. E consegue transformá-las em chips saborosos sem uma gota de óleo sequer.

Os primeiros a descobrir que sim, águas-vivas também podem ser comida, foram os chineses. Há pelo menos 1700 anos, eles já utilizavam certas variedades em sua alimentação. Para incorporar esses seres marinhos em suas saladas e sopas é preciso primeiro melhorar a consistência da iguaria. Isso é conseguido com uma técnica que utiliza solução de sal e alúmen de potássio. O problema é que o método é um tanto demorado – entre 30 e 40 dias, em média, até elas serem pescadas dos oceanos e ocuparem a mesma prateleira das tortillas de milho saborizadas.

Tentando tornar o menu atraente também para ocidentais, os cientistas testaram vários preparos diferentes de Aurelia aurita, uma espécie de água-viva comum nas águas geladas do Mar Báltico. Os testes feitos com a variedade – que não é venenosa – permitiram que eles encontrassem uma receita para acelerar o processo.

A fórmula final é bem simples: basta fatiar uma lâmina finíssima de água-viva e colocá-la em uma solução de álcool 96%. Não é todo o bicho que é utilizado na tarefa: para fins culinários, a parte mais interessante é a mesogleia, camada gelatinosa logo abaixo da epiderme.

Continua após a publicidade

Depois de desidratar por alguns dias, o alimento assume espessura de folha de papel e ganha crocância digna de salgadinho de supermercado. E você não precisa se preocupar com o teor alcoólico, já que todo o álcool evapora no processo. A aparência é mais ou menos essa aqui, que você pode ver na imagem abaixo:

água viva chips
(Thorborg Pedersen/Divulgação)

“Depois de dois dias, o álcool já substituiu toda a água da água-viva”, explica Mie Thorborg Pedersen, uma das criadoras da ideia. “Por conta da evaporação [do álcool], elas ficam completamente secas.” Segunda a pesquisadora, o resultado não tem um sabor lá tão característico – mas é surpreendentemente bom, ela garante. Nada que um salzinho não dê conta de resolver.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.