Quem sabe mais sabe esperar
Estudo norte-americano revela que quanto mais inteligente for uma criança, maior a sua capacidade de esperar pela realização de um desejo.
Sempre se acreditou que a marca registrada de toda criança é a exigência de gratificação imediata – o exasperante “quero agora, depois não” – contra a qual a única alternativa seria o poder adulto de frear a impulsividade infantil. Pois parece que não é bem assim. Após um paciente estudo, que se estendeu por mais de dez anos, psicólogo americanos concluíram que. Quanto mais inteligente a criança, maior a sua capacidade de adiar por livre e espontânea vontade a satisfação de um desejo.
Eles pediram a crianças que escolhessem entre fazer algo imediatamente ou fazer outra coisa mais tarde: na maioria das vezes, a opção só não favorecia a proposta mais agradável – cuja satisfação não era porém imediata – quando o tempo de espera era muito longo. Curiosamente, as crianças mais dispostas a adiar uma gratificação também se saíam melhor nos testes de inteligência e de coordenação motora. Voltando ao grupo dez anos mais tarde, os pesquisadores descobriram que aquelas mesmas crianças com maior autocontrole se transformaram em adolescentes com excelente desempenho escolar e grande facilidade para lidar com situações de estresse.