Que o cineasta Steven Spielberg é sinônimo de sucesso garantido, ninguém duvida. O que ninguém esperava era que ele tivesse tanta sorte. Em seu último filme, Parque dos Dinossauros, quase todos os monstros pré-históricos foram criados de acordo com os manuais Paleontologia. A única exceção foi o Velociraptor, um predador ágil e feroz que se transformou num dos vilões da história. Para tornar os exemplares dessa espécie mais ameaçadores, Spielberg exagerou nas dimensões: na tela, eles superam em muito 1,80 metro de altura, tamanho que se os pesquisadores sempre acreditaram ser o máximo, de acordo com os poucos ossos achados até hoje.
Mas, antes que qualquer cientista mais rigoroso criticasse o excesso de liberdade do diretor, o paleontólogo americano James Kirkland, achou aquilo que nem Spielberg imaginou: um esqueleto de Velociraptor tão grande quanto os réplicas construídas para o filme, na terras áridas de Utah, nos Estados Unidos. As afiadas garras, semelhantes e esporas de aves, não deixam dúvidas de que se trata do mesmo dinossauro do filme.