Superbactéria foi ao espaço – e voltou ainda mais forte
Ela foi descoberta nas oficinas da Nasa, durante a limpeza de naves. E acabou sendo levada para experiências na ISS - onde adquiriu mutações e uma nova habilidade
A Nasa desinfeta rigorosamente suas naves, para evitar que bactérias de origem terrestre contaminem outros planetas. Mas não conseguia se livrar de uma delas, que foi batizada de SAFR-032 (a sigla é uma abreviação de “local de montagem de naves”, em inglês).
Então a agência decidiu fazer um teste. Soltou um balão com amostras da bactéria a 32 km de altitude, na estratosfera. A bactéria ficou lá por oito horas, sendo bombardeada por raios ultravioleta e radiação cósmica, e aí os pesquisadores puxaram o balão de volta.
Para surpresa geral, a bactéria sobreviveu. E adquiriu uma mutação que a tornava imune às condições do espaço – o que foi comprovado numa missão posterior, em que a SAFR-032 passou 18 meses na Estação Espacial Internacional. A bactéria sofreu novas mutações, que afetaram a produção de 301 proteínas – e se tornou ainda mais resistente à radiação.
Ela não causa doenças em humanos – a não ser que, um dia, passe por uma mutação que a torne capaz disso.