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Alexandre Versignassi

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Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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As seis regras do George Orwell sobre como escrever bem

O britânico é o autor de "1984" e "A Revolução dos Bichos". Vale ouvir o que ele tem a dizer.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jan 2024, 17h50 - Publicado em 18 jul 2013, 21h03

O George Orwell, aqui em cima, fez um mini-guia de redação. São só seis regras – e tão boas que abrem o Manual de Estilo da Economist, a revista mais bem-escrita do mundo. A elas:

1. Em circunstância alguma utilize um vocábulo extenso onde um reduzido soluciona.

2. Se, por algum acaso, for possível cortar, eliminar, extirpar uma palavra, não se dê de rogado: elimine-a de uma vez por todas.

3. A voz passiva não deve ser utilizada quando a voz ativa puder ser escrita.

4. Nunca use figuras de linguagem que já viraram arroz de festa. Eles podem ser o calcanhar de aquiles do seu texto. Não faça isso, nem pela bagatela de um milhão de reais. Correm boatos de que, só evitando expressões assim, você garantirá textos de qualidade, se tornará uma figurinha carimbada da escrita e será regiamente recompesado por seus leitores, como nunca antes na história deste país.

5. Não empregue um calão tecnicista quando tiver o arbítrio de elocubrar uma elocução de uso anfêmero. E, finalmente:

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6. Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever bosta.

————————–

Nossa, como eu sou engraçado. Agora em português:

1. Não use uma palavra longa se uma curta resolve.

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2. Se der para tirar alguma palavra, tira.

3. Não use a voz passiva quando der pra usar a ativa.

4. Nunca use figuras de linguagem que você esteja acostumado a ler por aí. Elas viraram lugar-comum. Perderam a graça.

5. Não use um jargão quando você puder imaginar uma palavra do dia-a-dia. E finalmente:

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6. Quebre qualquer uma dessas regras antes de escrever algo que soe tosco.

——————————-

E agora no original, porque quem escreve bem é ele, não eu:

1. Never use a long word where a short one will do.

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2. If it is possible to cut a word out, always cut it out.

3. Never use the passive when you can use the active.

4. Never use a metaphor, simile or other figure of speech which you are used to seeing in print.

5. Never use a foreign phrase, a scientific word, or a jargon word if you can think of an everyday English equivalent; and finally.

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6. Break any of these rules sooner than say something outright barbarous.

———

É isso.

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