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Alexandre Versignassi Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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O dragão da inflação está ferido. E isso faz mais diferença para o seu bolso do que parece

A inflação praticamente zerou em novembro. Tivemos 0,18%, confirmando a tendência de queda – em outubro tinha sido 0,26%. Isso baixou a inflação dos últimos 12 meses para 6,9%, só 4 pontos base acima do teto da meta do BC. Mais: se a queda estancar agora, e tivermos (ainda improváveis) 0,18% ao mês em 2017, […]

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Atualizado em 21 dez 2016, 08h49 - Publicado em 9 dez 2016, 16h14
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    A inflação praticamente zerou em novembro. Tivemos 0,18%, confirmando a tendência de queda – em outubro tinha sido 0,26%. Isso baixou a inflação dos últimos 12 meses para 6,9%, só 4 pontos base acima do teto da meta do BC.
    Mais: se a queda estancar agora, e tivermos (ainda improváveis) 0,18% ao mês em 2017, o ano que vem fecha com uma inflação de 2,1% (a meta não do Brasil, mas do Japão).

    Isso muda as perspectivas de todo mundo que tem algum dinheiro. Inflação em queda livre parece algo bom para todo mundo. E até é mesmo. Mas o cenário pede alguns cuidados. O rendimento dos fundos DI vai diminuir. É que eles seguem a Selic, a taxa básica de juros, ou seja,  os juros que os bancos pagam quando pegam dinheiro emprestado em outros bancos  – incluindo o Banco Central, mestre de todos os bancos, já que tem o poder mágico de imprimir dinheiro (por isso o Banco Central determina a Selic). Bom, quando a inflação cai, a Selic escorrega junto, já que juro alto existe para combater inflação (mais juros = menos consumo = menos pressão inflacionária). E aí, quando a Selic desaba, rendimento dos fundos DI segue pelo mesmo abismo.

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    Como a economia é um gangorrão, quando alguma coisa cai, outra sobe. Quem é que sobe?  A Renda Fixa. No Brasil, convencionou-se chamar de “DI” os fundos que investem em títulos pós-fixados, que acompanham as taxas de juros, e de “Renda Fixa” aqueles que investem em papéis pré-fixados. E esses se dão muito bem quando a inflação cai. Hoje mesmo existem títulos públicos pré-fixados que pagam 12% ao ano. A inflação, lembre-se, está em 6,9% ao ano, com viés de baixa. Estamos falando em um rendimento real de 5%. É o que o Sr. Burns ganha com a usina nuclear de Springfield – na verdade é o que produtores privados de energia costumam ganhar de margem, seja no Brasil seja lá fora. Em suma: é uma bela margem. E é por isso que a Renda Fixa rende mais que o DI num ambiente como o que está se desenhando.

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    Para quem sabe comprar títulos direto na fonte, via Tesouro Direto, é a mesma coisa: o mar está para os pré-fixados (e para os IPCA +, seus irmãos mais conservadores, mas não tão menos lucrativos).

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    Para os poupançólatras, que só deixam dinheiro na poupança, o cenário é menos pior: é até possível que a poupança deixe de perder para a inflação no ano que vem (ufa). Mesmo assim, a advertência ainda vale: poupançolismo é doença. Não faltam alternativas tão seguras quanto, e que rendem estupendamente mais. Se você sofre de poupancíase, consulte um nerd de finanças. E saia dessa. Você consegue.

     

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