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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Smartphone com tela que imita papel eletrônico torna a leitura mais agradável

TCL 60 Nxtpaper combina técnicas de hardware e software para tentar reproduzir a qualidade de imagem gerada por telas e-ink, como a do Kindle; confira teste

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 ago 2025, 16h00

No Brasil, a TCL é mais conhecida pelos televisores. Mas a empresa chinesa também produz celulares e tablets, alguns dos quais trazem uma tecnologia interessante: a tela Nxtpaper, que tenta reproduzir a experiência de leitura proporcionada pela tecnologia de papel eletrônico (e-ink), presente em leitores como o Kindle. 

O smartphone TCL 60 Nxtpaper, lançado recentemente no País, é um deles. A tela Nxtpaper é um LCD, mas com várias modificações, que incluem o processo de nano-etching (superfície microesculpida) e a polarização da imagem.

Os LCDs tradicionais funcionam com polarização linear, ou seja, geram ondas eletromagnéticas -que os nossos olhos interpretam como luz- oscilantes numa única direção. Já a tela Nxtpaper emite luz com polarização circular, mais parecida à polarização aleatória da luz ambiente.

Ao ligar o 60 Nxtpaper pela primeira vez, você não nota nada de muito diferente a não ser o acabamento da tela de 6,8 polegadas, que é fosca. O segredo do aparelho está numa tecla lateral deslizável, que dá acesso aos modos de leitura.

Fotografia do celular TCL 60 Nxtpaper.
Tecla lateral que aciona os modos de leitura (à dir.) e exemplo de visualização dos mesmos. (TCL/Divulgação)
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Ao acioná-la, você tem três opções: “modo de papel colorido” (que deixa as cores menos saturadas), “modo de papel de tinta” (que deixa a tela preto-e-branco) e “modo máximo de tinta” – que, além de deixar a tela preto-e-branco, substitui a home page do celular por outra mais simples, que comporta no máximo 7 apps à sua escolha; todos os demais são suspensos, e ficam inacessíveis. 

A ideia é ajudar você a escapar das inúmeras distrações presentes nos celulares, e passar algum tempo lendo. Nos modos “papel de tinta” (o sistema da TCL traz algumas traduções meio quadradas, como essa) e “modo máximo de tinta”, a tela Nxtpaper realmente fica parecendo papel eletrônico, o que torna a leitura muito melhor do que num smartphone convencional.

A imagem é muito nítida e estável, sem a cintilação típica dos LCDs, e o fundo branco das páginas tem tonalidade levemente quente, sem a frieza excessiva de algumas telas e-ink. Você pode instalar o aplicativo Kindle para Android, e acessar a sua biblioteca da Amazon no aparelho. O resultado é ótimo; ler livros no 60 Nxtpaper é viável e agradável.    

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No “modo máximo de tinta”, lendo livros no app Kindle, o 60 Nxtpaper consumiu em média 6% de bateria a cada hora de uso (alcançando, portanto, uma autonomia de 16 horas de tela ligada). Já com o aparelho no modo normal, alternando entre o navegador, Spotify, YouTube, Gmail e WhatsApp, o consumo foi de 10% da bateria a cada hora de tela acesa. 

Não é uma marca espetacular (sobretudo considerando a bateria relativamente grande, de 5.200 mAh), mas é aceitável. O smartphone da TCL vem com 8 gigabytes de memória RAM, 512 GB de armazenamento e processador Mediatek Helio G92 – o que, junto à conectividade (o aparelho é 4G, não tem 5G), é seu ponto fraco. 

Trata-se de um chip pouco potente, que alcança cerca de 260 mil pontos no benchmark (teste sintético) AnTuTu. É pouco mais de metade da performance oferecida por um Samsung Galaxy A26, por exemplo, que está na mesma faixa de preço do aparelho da TCL (comercializado por cerca de R$ 1.500 no varejo brasileiro). 

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Isso significa que o 60 Nxtpaper pode dar algumas engasgadas de vez em quando, ao alternar entre apps. Seria bem melhor que ele viesse com uma CPU mais poderosa. Mas o chip modesto não chega a comprometer o uso normal, moderado, no dia a dia, nem atrapalha a leitura de textos – que é, afinal, a proposta do aparelho. 

O TCL 60 Nxtpaper é um smartphone interessante, com tecnologias de tela que realmente transformam a experiência de uso. Seus modos “de tinta” deixam a leitura mais agradável e também são menos estimulantes, podendo ser úteis para prevenir ou combater um problema bem comum no mundo moderno: o vício em smartphone.

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