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Bruno Garattoni Por Bruno Garattoni Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Visom, animal usado em casacos de pele, pode ser novo vetor de transmissão do coronavírus

EUA relatam primeiros casos de contaminação da espécie pelo Sars-CoV-2; na Europa, pandemia já teria obrigado criadores a sacrificar 1 milhão desses bichinhos, cuja pelagem é utilizada pela indústria da moda

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 ago 2020, 17h31 - Publicado em 19 ago 2020, 16h58
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    O visom é um mamífero da família dos mustelídeos que costuma ser criado para fazer casacos de pele – e, como se sabe desde maio, é vulnerável à infecção pelo novo coronavírus. Naquele mês, surgiram os primeiros casos de animais infectados: foi na Holanda, onde o governo passou a exigir que as fazendas de visons realizassem testes – e, se encontrassem casos de infecção, sacrificassem todos os seus animais. A medida foi seguida pela Dinamarca e pela Espanha, que foi especialmente afetada: 87% dos visons numa fazenda perto de Valencia estavam contaminados pelo novo coronavírus. Mais de 1 milhão deles já teriam sido sacrificados para tentar conter a propagação do vírus. 

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    Nesta segunda-feira, os EUA reportaram os primeiros casos no país, em duas fazendas no Estado de Utah – onde pessoas que tinham contato com os visons também testaram positivo para o vírus. Cinco animais estão infectados, mas acredita-se que o número real seja muito maior: o Departamento de Agricultura dos EUA relatou que “números inusualmente altos” de visons morreram nas fazendas durante as últimas semanas. Como os humanos, eles podem permanecer assintomáticos ou desenvolver uma síndrome respiratória aguda e letal, similar à Covid-19. 

    O mais provável é que, tanto na Europa quanto nos EUA, funcionários das fazendas tenham contraído o Sars-CoV-2 de outras pessoas e passado o vírus para os animais (não o contrário). Mas a transmissão do novo coronavírus de visom para humano é considerada plausível pelo governo holandês, que adotou uma série de medidas. Os funcionários das fazendas têm de utilizar máscaras e equipamentos de proteção (pois RNA viral foi detectado no ar de criadouros), e o transporte dos animais está proibido. Até o esterco gerado pela criação passou a ser tratado com cautela – ele deve ser aquecido a pelo menos 70 graus antes de ser utilizado em usinas de produção de biogás. 

    A criação de visons para fazer casacos de pele é considerada especialmente cruel por entidades de defesa dos direitos animais, que historicamente pedem sua proibição (na Holanda, a prática será banida em 2024). Os EUA anunciaram que, ao menos por enquanto, não irão adotar uma política de sacrifício dos visons para conter o Sars-CoV-2. O país possui 245 fazendas de criação desses animais, espalhadas por 22 Estados. 

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