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Como sexo aguça sua inteligência

Alguns ratos sortudos dos laboratórios da Universidade Princeton, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, tiveram direito a vários encontros semanais com fêmeas no período fértil delas. Tiveram a certeza de sexo garantido, algo raro na natureza. Outros, um pouco menos afortunados, só puderam namorar uma vez durante as duas semanas de testes. Quando foram contabilizar […]

Por Carol Castro
Atualizado em 21 dez 2016, 09h55 - Publicado em 25 Maio 2016, 19h25
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    Alguns ratos sortudos dos laboratórios da Universidade Princeton, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, tiveram direito a vários encontros semanais com fêmeas no período fértil delas. Tiveram a certeza de sexo garantido, algo raro na natureza. Outros, um pouco menos afortunados, só puderam namorar uma vez durante as duas semanas de testes. Quando foram contabilizar o número de neurônios no hipocampo, os cientistas tiveram uma surpresa: os neurônios dos ratinhos mais garanhões havia aumentado. E num nível bem maior do que o dos outros roedores. Os hormônios relacionados ao estresse também haviam diminuído. Em comparação com ratos virgens, então, a disputa ficava desleal. Ao que tudo indica, quanto mais sexo menor o nível de estresse. Em um clima geral de felicidade, os neurônios se multiplicam numa velocidade maior.

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    Não há ainda como saber se o cérebro dos humanos reage da mesma forma. Mas o sexo estimula em nós um tipo específico de inteligência: o raciocínio analítico. E não precisa nem transar, de fato. Só pensar em sacanagem já surte efeito.

    Em outra universidade, dessa vez em Amsterdã, pesquisadores convidaram 60 pessoas para ganhar 20 euros e fazer uns testes. Os voluntários foram divididos em três grupos. A primeira tarefa era pensar em cenas hipotéticas: imaginar o parceiro ideal, ou a melhor situação para descolar sexo sem compromisso, ou só pensar em um passeio tranquilo, sozinho, em um parque qualquer. Os pesquisadores perguntaram depois como havia sido a experiência – legal ou mais ou menos. E como andava o humor deles (nervosos, ansiosos, felizes etc). Aí partiram para a próxima missão. Em uma tela de computador, viram um modelo de formas geométricas. Em seguida, uma série de figuras aparecia, e, rapidamente, eles precisavam registrar se eram ou não semelhantes àquela imagem do início. Por exemplo: o modelo poderia ser um conjunto de triângulos, e as imagens sequenciais poderiam ser vários quadrados formando um triângulo. Era um jogo de atenção. Por último, ganharam vários blocos de madeira para montar quantas figuras conseguissem.

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    Essa chateação toda era para ver se os integrantes de cada grupo se sairiam melhor nos testes de criatividade ou foco. E sim. Quando haviam idealizado um encontro com possibilidade de sexo, os voluntários se saíam melhor no primeiro teste – acertavam mais na hora de escolher a semelhança entre as figuras. Mas quando a tarefa exigia criatividade, o grupo do amor, que havia pensado no príncipe encantado, era o mais empenhado. Faziam e desfaziam muito mais objetos do que os outros.

    É que amor e sexo agem de formas diferentes no cérebro. O amor faz sonhar. Deixa as pessoas com o pensamento lá longe, no abstrato, nos sentimentos, na memória e na imaginação. E essa parece ser a chave da criatividade: desligar o foco e viajar um pouco. É nesse momento que o cérebro encontra conexões inusitadas. Mas com sexo não funciona assim. Ao sexo importa o agora. O foco. Pensar em sexo aciona o modo de atenção – para a sedução, para os aspectos físicos. E aí os detalhes importam mais.

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    Se funciona mesmo assim, imagine, então, como fervilha a cabeça humana ao longo do dia. Em 24 horas, as mulheres costumam pensar em sexo dez vezes. Os homens pensam bem mais naquilo: 19 vezes. Pensar ajuda. Mas nada como chegar ao desejado orgasmo. Barry Komisaruk, da Universidade Rutgers, recorreu à famigerada máquina de ressonância. Pediu a algumas mulheres para entrar lá e fazer algumas atividades: sudoku, palavras-cruzadas ou… masturbação. Durante esses desafios, o fluxo de sangue no cérebro delas aumentava consideravelmente. É um bom sinal: quanto mais sangue, mais oxigênio e nutrientes. Cheio de gás, o cérebro trabalha a todo vapor. De todas as missões, o orgasmo se sagrou campeão. Ele estimulava mais as atividades cerebrais do que qualquer outra atividade intelectual.

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    Esse texto faz parte do livro Ciência Maluca, publicado pela Editora Abril, que já está à venda em bancas e livrarias – aqui e aqui.

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    Créditos da foto: Istock | AntonioGuillem

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