A preocupação em representar fielmente a realidade nunca fui uma prioridade para os desenvolvedores de jogos, mas, felizmente, Assassin’s Creed: Origins, que retrata a origem da linhagem dos assassinos e o conflito entre Júlio Cesar, Cleópatra e Ptolomeu no Egito Antigo, foi fidedigno nos hieróglifos usados em sua estratégia de divulgação.
De acordo com Claire Manning, que estudou a era ptolomaica do Egito Antigo, as propagandas recentes do jogo em Melbourne, na Austrália, usavam hieróglifos corretamente, que podiam ser traduzidos para uma imagem com sentido. Enquanto algumas partes não possuíam nenhuma mensagem significativa, outras usavam símbolos comuns ao reinado de Cleópatra. Um conjunto em particular pode ser traduzido para “Tudo pode ser”, uma possível interpretação do mote dos assassinos “nada é verdadeiro; tudo é permitido”.
Manning, que estuda hieróglifos na University of Australia, continuou traduzindo a propaganda e encontrou outras mensagens, como “Amon nos proteja. Eu te faço oferendas” e “Nós trabalhamos na escuridão para servir a luz”. Curiosamente, o game da Ubisoft terá um modo educacional, feito para que os jogadores possam aprender, sem a interferência de lutas e de preocupações com o roteiro, sobre as tradições e costumes do Egito Antigo.